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Amber Heard é mais do que você imagina. A atriz chutadora de bolas, mas que você também pode conhecer como Sra. Johnny Depp, mostra sua verdadeira face na edição de julho da ELLE.

Amber Heard usa um casaco de lã da Ralph Lauren, um maiô da Thapelo Paris, ouro banhado a prata, esmalte azul, anéis de diamante da Fred Leighton, e seus próprios brincos.

Quanto você realmente sabe sobre a atriz Amber Heard e Johnny Depp? Para a reportagem deste mês, a ELLE sentou-se com Heard antes do lançamento de Magic Mike XLL no dia 01 de julho, e descobriu que ela é muito mais complicada e ainda mais divertida do que os tabloides deixavam transparecer.

Claro, dado a seus atributos óbvios, Amber Heard não tem problemas em comandar a atenção sobre ela. Mas há uma autenticidade além do valor da superfície da atriz que se destaca na multidão de celebridades altamente estilizadas, que parecem cada vez mais conscientes de sua “marca”. O estilo pessoal da magnética Sra Depp, rivaliza com o de seu marido, o eterno pirata de Hollywood, mas o resultado disso é menos que excêntrico e mais como um espírito livre. Creatures of the Wind de Shane Gabier e Christopher Peters, seria um título adequado para Heard? – Ela também tem encontrado uma maneira de manter suas estranhezas naturais intactas.

Amber Heard está remexendo no compartimento de discos da Other Music em Noho. Os olhos verdes se estreitam em concentração, mexendo até que a pilha… AHÁ! Ela encontra o que estava procurando. “Blind Willie McTell!” diz ela segurando o álbum. “Este é o meu favorito, se você realmente quiser ir em direção ao blues”, ela instrui, “você irá para Blinds: Blind Wllie McTell. Blind Boy Fuller. Blind Snooks Eaglin. Blind Joe Hill. Blind Willie Johson. Absolutamente todos são Blind, eu não estou brincando. Há um milhão deles.” Heard trava ao perceber que está falando com sotaque texano e cobre sua boca. “Isso acontece quando eu fico animada”, ela sussurra.

Andando com suas calças brancas pelos corredores com uma pilha de discos debaixo de seu braço magro, ela se vira com interesse para as prateleiras de country dos anos 50 e soul dos 60. Mas é o blues que realmente recebe sua atenção. “Howlin ‘Wolf, Muddy Waters, Ohh, Nina Simone”, diz ela segurando um disco encostado no seu peito. “‘The Other Woman’. Essa música irá quebrar seu coração.” Ela para abruptamente, em seguida, vai para a caixa registadora para pagar. Depois, Heard coloca o vinil em uma sacola, adicionando mais um para sua coleção; ela realmente viaja com um toca-discos. A voz de Heard é mundialmente acentuada, tomando cuidado com cada silaba a ser pronunciada, e ela mantém-se em um animado tamborilar enquanto caminhamos pelas ruas de SoHo, me contando sobre como vinil soa muito melhor do que os digitais e como os livros são melhores que e-readers, na verdade, ela tem uma coleção de livros. “Eu adoro o cheiro!” diz ela, jogando sua cabeça para trás em um modo teatral, como se estivesse fazendo um teste para um remake de When Harry Met Sally. As vezes as pessoas viram a cabeça para olhar para ela, mas não está claro se é por conhecê-la por ser Amber Heard ou apenas por acharem ela uma garota bonita. Ninguém a chama para dizer, por exemplo, “Eu te amei como a garota zumbi em zombieland“, ou “Você estava ótima como a garota no filme com Gibson/Harrison Ford/Nicolas Cage.” A única indicação de que alguém tenha realmente reconhecido Heard é quando as fotos dos paparazzi saem no dia seguinte.

29 anos, bissexual e que, supostamente enfeitiçou Johnny Depp, seu colega de elenco em 2011 no filme “Diário de um Jornalista Bêbado”, que quebrou uma relação de 14 anos com Vanessa Paradis, a mãe de seus dois filhos. Em fevereiro deste ano, o casal se casou em uma cerimônia em sua ilha privada.

Entre viver em Los Angeles, gravar um filme na Europa e viajar para a Austrália, onde Deep está filmando Piratas do Caribe, Heard mal sabe que horas são enquanto estamos a caminho do restaurante que ela escolheu. Dentro do local, ela examina o menu, “Porque alguém colocaria rúcula e queijo de cabra em um pierogi?” Ela pergunta em voz alta. “Parece como um conflito interessante.”

Se tudo isso sobre blues, o palavreado e a desordem parecem um pouco árduos demais, bem, é porque Amber Heard quer ser vista como uma pessoa real. Ela me disse que está cansada de ser vista como uma “Boneca Barbie” só porque é loira e atraente. “Eu sinto como se estivesse constantemente lutando contra o meu exterior, ou esta apresentação exterior de mim por causa da minha aparência ou talvez por estar com quem estou.”

Através da modelagem em sua cidade natal, Texas, para Los Angeles, e a sua aparência, foi possível fazê-lá pousar em uma variedade de papéis femininos, que a estabeleceu em Hollywood para ser lançada em grande projetos como “O Diário de um Jornalista Bêbado” e da série de vida curta da NBC, The Play Boy Club. Este é um caminho que ela poderia ter continuado. Em vez disso, Heard está se esforçando para mostrar ao mundo que ela é capaz de ser mais do que apenas essa garota dos antigos papéis. No momento, ela está em Nova York para a estréia de dois pequenos indies no Tribeca Film Festival, “When I Live My Life Over Again”, no qual ela interpreta uma cantora e compositora lutadora, e Adderall Diaries, co-estrelado por James Franco. E isto é apenas o começo. Este mês, Heard detém o seu próprio filme. Contra os músculos do peitoral de Channing Tatum, ela possui o papel feminino principal, tendo certeza que Magic Mike XXL será um sucesso com o público.

Ela também está envolvida como protagonista em London Fields, adaptação do romance de Martin Amis, e uma participação em The Danish Girl, história sobre a primeira pessoa a fazer cirurgia de redesignação sexual, interpretado por Eddie Redmayne. “Um dos maiores atores da minha geração”, diz ela, soprando seu café. Heard gostaria de ver-se nessa categoria um dia, e para isso, ela está trabalhando duro, colocando-se em 5/7 horas de balé por dia para seu papel como dançarina no filme.

James Franco, seu colega de elenco em The Adderall Diaries, mal a reconheceu da loira de voz fininha que fez a jovem namorada de Seth Rogen em Pineapple Express. “Ela é quase como outra pessoa”, diz ele. “Ela está tomando o controle de sua carreira e tornando interessante suas escolhas de um modo muito mais envolvente artisticamente.” Ele acrescenta: “Ela é tão bonita que meu palpite é que ela enfrenta muito preconceito.” Mesmo Franco, que conhece os problemas que pessoas bonitas passam, soa um pouco como um revirar de olhos em relação a insistência de Heard em usar “uma enorme desgrenhada peruca marrom” para seu papel como uma jornalista da New York Times, que namora um escritor viciado em drogas, interpretado por Franco. “Mas mesmo assim, ela ainda está linda”, ressalta.

“Estou tentando encontrar scripts que são incontornáveis e complexos”, diz ela. “Isso tem o poder de… não mudar… isto soa realmente grande, mas que têm o poder de influenciar alguém.” Como a maioria das mulheres em Hollywood, Heard está deprimida pela escassez de papéis femininos lá fora. “Recebo uma pilha de scripts, tipo, uma vez por mês, e na maioria das vezes o que você encontra é uma garota que está ali apenas para ressaltar o personagem masculino. Então sabemos que ele é engraçado porque ela é séria e está com raiva dele. Sabemos que ele é forte e ela precisa ser salva pelo mesmo. Ou seja, seu único real trabalho consiste em destacar esses aspectos da personalidade do nosso herói masculino. Quer dizer, estamos tentando imitar a vida e me parece uma injustiça profundamente triste que sejamos tão sem criatividade e desinteressados sobre a representação da vida das mulheres.”

O garçom chega para encher sua xicará de café, e Heard fica momentaneamente embaraçada sobre seu “discurso pseudo-feminista”. Mas o importante está feito. Se Heard conseguir para de ser vista como uma boneca barbie, não seria a primeira vez que ela mudou drasticamente sua situação por pura força de vontade. Crescendo em um subúrbio de Austin, Texas, Heard tinha o que sua mãe chamava de “espírito aventureiro”. Seus pais nunca viveram fora do Texas. “Eles pensaram que estavam criando, você sabe, uma doce menina cristã texana, que estava indo para ficar com a família, assim como todo mundo faz no Texas”, diz Heard. “Mas eu sempre quis ir e fazer, e eu queria sair do Texas.” Como todos os adolescentes, Heard sentia que não se encaixava. “Eu era pobre, magra e estranha”, diz ela. Mesmo assim, parece que sua aparência por vezes ofuscou outras coisas sobre ela. Algumas crianças a chamavam de “Amber viu e não ouviu” (trocadilho em relação ao sobrenome dela, Heard), disse um colega do jornal britânico Daily Mail. Mas ela usou de sua beleza para conseguir alguns agentes de modelos, o que se tornou como uma estratégia de saída. Seu agente emprestou dinheiro para que ela fizesse aulas de atuação, e ela o pagava de volta ao atender os telefonemas e fazer a limpeza do escritório. “Eu sempre fazia esses pequenos investimentos para ser capaz de fazer algo que me daria um pouco mais de dinheiro para viajar“, diz ela.

Pouco antes de seu décimo sétimo aniversário, seu melhor amigo morreu em um acidente de carro. A experiência afetou profundamente Heard. Ao falar sobre isso agora, ela engasga-se. “Quando criança, você pensa que pode viver para sempre, você acha que é invencível, e então isso é imediatamente confrontado quando você perde alguém próximo a você”, diz ela. Não muito tempo depois, declarou a seus pais cristãos que ela era ateia, e que não ia perder mais de seu tempo no Texas. Dentro de um ano, ela saiu da escola e se mudou para New York para modelar o tempo todo. “Eu estava indo fazer algo diferente do que todo mundo me disse que eu deveria fazer. Acho que foi um lembrete de que hoje é o que você realmente tem.”

Heard odiava modelagem. “Odiava isso”, disse ela. Ser um manequim não era para ela. Ela só queria ir e fazer. Mas estava presa nisso por um tempo, a fim de viajar de Miami para a Europa, mas logo ela estava de volta a Austin, onde seu agente comercial contou a ela sobre uma audição para um filme, Friday Night Lights. Olhando para trás, não parece ser um início extremamente promissor: Heard com 17 anos de idade, fazendo topless em botas brancas de cow-boy. Mas em parte, lhe deram um agente de Hollywood, que, um ano depois, quando Heard mudou-se para Los Angeles, a ajudou a conseguir uma pequena participação como a jovem Charlize Theron em North Country, um filme sobre um caso de assédio sexual, que passou a ser dirigida por Whale Rider Niki Caro. “Foi um presente casualmente irônico”, diz Heard. Irônico, talvez, porque ela não veria outro script assim por um longo tempo. Falida e sem proteção na maior cidade de veículos do planeta, Heard passava os dias andando de ônibus para audições e com vários de seus amigos ainda provocando-a sobre isso. “Foi triste”, diz ela.

Heard foi escalada como uma vendedora em The OC, personagem principal no filme de terror All the Boys Love Mandy Lane, e como uma jovem atriz chamada Amber em um episódio de Californication. “Venha me ver?” ela pergunta para o personagem de David Duchovny no episódio. “Eu tenho algumas ideias sobre o papel.” “Eu tenho algumas ideias, também”, diz seu companheiro. “Algumas ideias que estão fazendo minhas calças ficarem um pouco cheias.” É uma troca que poderia ter acontecido por trás das costas de Heard na vida real. Conforme ganhou o equilíbrio nos negócios, ela tentou fazer os seus personagens mais interessantes, “para penetrá-los com algo diferente”, diz ela. Olhando para trás, ela sente que era muito ingênua. “Você conversa com um diretor, e você fica tipo, ‘Que tal se nós fizemos ela estranha? E se nós a fizermos meio diferenciada? E se ela for esperta? E se ela for engraçada? Ei, que tal eu dizer isto???? Ei, eu escrevei esta linha!’ E você acha que está sendo levada a sério, porque você está falando com outro ser humano, e vocês dois estão tentando criar alguma coisa, e eles ficam tipo, ‘Yeah, yeah, isso é legal! Vamos fazê-la estranha, não se preocupe, você não será qualquer coisa.’ Existe 1 milhão de outros olhos, 1 milhão de outras mãos envolvidas e o marketing julga como ‘você pode usar esse vestido?'” Amber diz. O exemplo mais notório disso ao seu ver, provavelmente foi The Play Boy Club. O roteiro original prometia um drama social definido na famosa Chicago e que exploraria as questões do dia-a-dia, através de um grupo poderoso de personagens femininas. “Quero dizer, eu li uma história feminista”, diz ela. “Era a história de uma mulher. E tornou-se um espetáculo criminalista masculino pelas nossas costas, no segundo episódio, assumimos que não importava se fosse tudo ou nada, porque todas nós somos muito mais diferenciadas e complexas do que isso, e é fácil supor que é só isso o que o público quer ver quando isso é tudo o que está sendo apresentado para o público.” Heard encolhe os ombros. Ela realmente não quer culpar ninguém pelo que aconteceu. “Não é mal-intencionado”, diz ela. “Isso é porque o estúdio tem que vender e eles pensam que é isso que o público quer ver. No segundo episódio, você recebe o script e você fica tipo, ‘Ok, isso é estranho’, e pelo terceiro episódio, você é como, ‘eu estou vendo um padrão aqui.’ Isso foi uma chatice. Você pode trabalhar tão duro para trazer todos os tipos de níveis de nuance, personalidade, profundidade e complexidade, e não importa… se não for protegido por um diretor, então terei que aceitar e dizer ok.”

O tempo todo em que conversamos, o casamento de Heard e Johnny Depp mal vem a tona. Enquanto eu luto contra os meus sentimentos de perguntar algo sobre isso. Por um lado: Obviamente uma mulher não deve ser definida por quem ela é casada. Quero dizer, é 2015! Hillary Clinton está concorrendo à presidência. Espere, isso pode ser um mau exemplo. Por outro lado: Uma garota da pequena cidade do Texas se casou com uma das maiores e mais ricas estrelas de cinema do mundo e isso é, sem dúvida, interessante. Ela me disse algumas coisas, como ele ter se mudado de seu castelo do Edward Mãos de Tesoura e que agora eles compartilham um lugar próprio em Los Angeles, e que ela tem trazido sua irmã Whitney do Texas e um casal de amigos, e todos eles vivem realmente nas proximidades, como jantares juntos e coisas assim.

Seu anel é vintage e cool, mas nada insano. Eles se casaram em uma ilha porque ele é dono de uma. Certo, eu ainda tenho tantas perguntas sem respostas, como: ‘como é estar sozinha com ele?’ ‘O que ele disse a primeira vez em que vocês se conheceram?’ Será que ela o chamou de Johnny Depp? Ou será que ela simplesmente o chamou de Johnny? Não, ela diz, o que só levanta mais questões. Eu tento parecer calma, mas eu tenho certeza que sai como: Conte-me tudo sobre a sua vida. “Temos uma vida bem normal, hum”, diz ela, educadamente, mas claramente não gostando do tema. “Eu acho que fazemos o nosso melhor. Ele tem a sua vida, e eu tenho a minha, e fora o desafio de ser capaz de encontrar tempo para ficarmos juntos.” Mas, tudo bem, eu a pressiono. Deve ser uma espécie de loucura, de repente, estar vivendo com um homem que – Eu tenho que repetir isso de novo – é dono de uma ilha. “Não foi uma mudança dramática”, diz ela, de maneira pouco convincente, “Nós temos estado juntos por um longo tempo, então tem sido um processo bastante orgânico. Eu tenho um espírito ferozmente independente. Eu tenho minhas próprias coisas.”

Uma co-estrela em um dos filmes de Johnny uma vez me disse que ele é tão famoso que, se ele vai para um restaurante, ele praticamente bloqueia as ruas quando sai. “E se vocês dois apenas forem ao Starbucks ou algo assim?” Eu pergunto. Heard ronca de tanto rir. “Ele não teria nenhum interesse nisso.” “A única coisa que realmente me assusta é a possibilidade de perder minha liberdade”, diz ela de repente. “Nunca quero perder a capacidade de atravessar o mundo com liberdade e facilidade. Eu tenho trabalhado tão duro para conseguir tudo por mim mesma.” Ela sabe de algumas informações e então ela dá, até mesmo para acabar com a minha curiosidade inocente, que inevitavelmente será transformada em um universo de posts, “Eu provavelmente já estou grávida ou divorciada”, diz ela. “Tem sido um mês, então claramente há algum problema, claramente eu estou grávida, ou claramente aconteceu algo grande e nós estamos comprando pôneis.” Na verdade, todas essas coisas estão fora de questão para ela, embora o vestido de seda que ela vai vestir no tapete vermelho hoje à noite vai esclarecer os rumores de gravidez, e sua viagem para Austrália vai acabar, pelo menos momentaneamente, com os boatos de que eles estão “se dirigindo para o divórcio” por que Heard tem passado um tempo com sua ex, a fotógrafa Tasya van Ree. Elas ainda são amigas. Quanto a ela e Depp, “Estamos muito felizes”, ela diz, mostrando os dentes em um sorriso. “Muito.“É difícil porque eu me apaixono por ele de novo e de novo. Eu estou em um tipo muito semelhante de situação e tenho a minha carreira que eu tenho trabalhado duro por agora, e ainda assim eu estou constantemente sendo confrontada por essas forças que podem distrair ou desviar, de onde eu vejo o meu real trabalho.”

Ok, então de volta para seu trabalho. Claramente, Amber Heard é uma atriz por seus próprios méritos, e sob todos os aspectos. “Quero dizer, há prós e contras”, diz sua amiga, a fotógrafa Amanda de Cadenet. “Se é que as pessoas vão prestar mais atenção a quem é esta mulher. Ela é uma jovem profundamente intuitiva, realmente inteligente, e eu ainda tenho que vê-la desempenhar um papel que realmente mostre a profundidade que existe dentro dela.” No futuro, de Cadenet espera que isso mude. “Nós saímos no outro dia, e nós estávamos falando sobre arte, livros, modelos femininos e ícones. Esta é a mulher que precisa ser retratada em filmes. Eu mal posso esperar até que ela comece a produzir seus próprios filmes, e vamos ver sua sensibilidade.”

Heard e Depp aparecem na tela juntos pela primeira vez desde O Diário de um Jornalista Bêbado, em London Fields, um filme em que, talvez não por coincidência. Heard “realmente levará o estereótipo de cabeça erguida”, segundo o diretor Mathew Cullen, interpretando Nicola Six, uma femme fatale que usa suas artimanhas sexuais para manipular os homens a traçar seu próprio assassinato. “Ela estava muito apaixonada por fazer este papel, em parte porque há tantas semelhanças”, diz Cullen. “Você tem alguém que é incrivelmente bonita e muito inteligente, mas as pessoas a conhecem principalmente através de sua sexualidade.” A personagem é coberta por estereótipos, e Heard queria que ela tivesse mais camadas. “Amber é uma pessoa com vontade própria e muito forte”, diz Cullen.

O garçom chega para levar os nossos pratos. Heard pega uma pequena caixinha de vitaminas. Ela sente algo chegando, e está igualmente determinada a não ficar doente. Para celebrar a conclusão de todos estes filmes, ela organizou um “fim de semana das meninas” em Nova York com sua irmã e um grupo de suas melhores amigas, que já estão em seu quarto de hotel, “provavelmente bebendo”, e esperando sua chegada. Depois disso, ela está voando para a Austrália para celebrar o seu aniversário com Depp. “Através da força de vontade”, ela diz, balançando os vitaminas na mão dela, “Eu vou superar isso.”

Fonte: Revista ELLE
Tradução e Adaptação: Equipe AHBR




Amber Heard é a capa de julho da ELLE. Além de ter realizado uma linda sessão de fotos, Amber também contou um pouco sobre seu relacionamento com Johnny Depp e sobre seu mais novo filme, Magic Mike XXL. A revista chega as bancas no dia 23, mas já temos aqui uma prévia da entrevista e photoshoot:

Photoshoot:

Amber Heard é mais imagina doque você imagina.

A atriz chutadora de bolas, mas que você também pode conhecer como Sra. Johnny Depp, mostra sua verdadeira face na edição de julho da ELLE.

Amber Heard usa um casaco de lã da Ralph Lauren, um maiô da Thapelo Paris, ouro banhado a prata, esmalte azul, anéis de diamante da Fred Leighton, e seus próprios brincos.

Quanto você realmente sabe sobre a atriz Amber Heard e Johnny Depp? Para a reportagem deste mês, a ELLE sentou-se com Heard antes do lançamento de Magic Mike XLL no dia 01 de julho, e descobriu que ela é muito mais complicada e ainda mais divertida do que os tablóides deixavam transparecer.

Aqui temos apenas uma prévia do que Heard tem a dizer. Para a matéria completa, a revista estará disponivel em 16 de julho digitalmente e em cidades selecionadas, no dia 23 de junho ela estará nas bancas de todos os países.

Sobre a falta de papéis femininos em camadas em Hollywood:

“Recebo uma pilha de scripts, tipo, uma vez por mês, e na maioria das vezes o que você encontra são esses papeis temporários em que a garota está ali apenas para ressaltar o personagem masculino. Então sabemos que ele é engraçado porque ela é séria e está com raiva dele. Sabemos que ele é forte e ela precisa ser salva pelo mesmo. Ou seja, seu único real trabalho consiste em destacar esses aspectos da personalidade do nosso herói masculino. Quer dizer, estamos tentando imitar a vida e me parece uma injustiça profundamente triste que sejamos tão sem criatividade e desinteressados sobre a representação da vida das mulheres.”

Sobre estar cansada de ser vista como “uma boneca Barbie”:

“Eu sinto como se estivesse constantemente lutando contra o meu exterior, ou esta apresentação exterior de mim por causa da minha aparência ou talvez por estar com quem estou.”

Sobre vida desde que se casou com seu marido, Johnny Depp:

“Não foi uma mudança dramática. Nós estivemos juntos por um longo tempo, então tem sido um processo bastante orgânico. Eu tenho um espírito muito independente.”

Sobre o medo de perder a sua liberdade por conta da fama:

“A única coisa que realmente me assusta é de perder minha liberdade. Nunca quero perder a capacidade de atravessar o mundo com liberdade e facilidade. Eu tenho trabalhado tão duro para conseguir tudo por mim mesma.”




Desde que estourou com “Tudo Pela Vitória”, o drama teen de 2004 que passou a inspirar as amadas séries de tv, a atriz nascida em Austin, Amber Heard, tem trabalhado sem parar em Hollywood. Mas levou uma década para Amber finalmente encontrar sua voz na indústria.

No drama do escritor-diretor Robert Edwards, Heard toca guitarra e canta (ela nunca tinha feito isso antes deste filme) para interpretar Jude, uma lutadora cantora/compositora de cabelo rosa que se dirige a casa de seu pai (Christopher Walken) após muitos problemas na cidade. Assim que ela chega, se lembra que passar o tempo com seu pai apresenta seu próprio conjunto específico de desafios.

O projeto também marca uma grande mudança de ritmo para Heard por um outro motivo: é um dos poucos em que sua personagem não é um objeto sexual. De “Tudo por ela”, no qual ela interpretou a típica garota quente, para a desastrosa série da NBC “The Playboy Club”, no qual ela faz uma garçonete de coquetel no local infame de Chicago, até “Machete Mata”, no qual ela vestiu algumas roupas bem ousadas para interpretar a fatal Miss San Antonio, Heard até agora tinha sido amplamente encarregada apenas para interpretar a megera desejada. “When I Live My Life Over Again” prova que há muito mais para Heard do que aparenta.

Você está no Tribeca não apenas por “When I Live My Life Over Again”, mas você também tem um pequeno papel em “The Adderall Diaries”. Como é ter dois filmes no evento?

“É tão gratificante ter ambos no Tribeca. É uma maneira interessante para eles serem vistos porque eu não acho que o Tribeca seja comercializado. Não se sente como “O gigante” e é mais focado no filme. Isso não quer dizer que os outros festivais não sejam, mas é um pouco mais intimista e mais focado no filme. Quando você faz um projeto por paixão, por exemplo, você abre mão das regalias, do dinheiro e do tempo, você coloca um monte de suor, sangue e lágrimas neste projeto. Então, vê-lo sendo concretizado dessa forma é imensamente gratificante.”

Você deve estar orgulhosa deste projeto em particular. É tão refrescante vê-la em um papel onde você não é nem um pouco sexualizada.

“Eu sei, foi o que eu lutei desde o meu primeiro dia em cena. Superficialidade é muito menos interessante, principalmente porque é o resultado de coisas que estão fora do meu controle, então não importa o carácter dela ou como ela se parece. Ela pode ajudar a definir o caráter de uma pessoa, mas parece que não foi resultado de nenhum trabalho duro, bravo, substancial, etc. Por isso são qualidades muito menos interessantes para se ter em um filme ou para assumir dentro de um personagem. Então, eu lutei muito para encontrar papéis que não fossem definidos pela sua sexualidade. No entanto, eu não consegui, pelo contrário, fui afastada de papéis como esses. Eu não fugi deles. É que agora eu finalmente consegui fazer um filme no qual eu sou uma pessoa – um personagem complexo, falho e vulnerável, que tem uma gama completa de características, experiências, reações, reações emocionais e não importa como se ela parece.”

“Eu estou nesse ramo por 12 anos ou algo assim e é incrivelmente frustrante ser capaz de só agora receber papéis como este porque essa indústria é muito difícil com as mulheres, pois você está constantemente sendo obrigada a escolher entre um dos dois tipos: sexy ou não. E entre o meio termo, você talvez possa adquirir alguns tratamentos diferentes, mas eles serão severamente limitados. A história não vai ser sobre você. No primeiro caso, é um trabalho completamente insatisfatório para se submeter e não é gratificante para o público assistir. É incrivelmente frustrante que um sistema imponha que você precisa escolher um ou outro. Eu não deveria precisar optar entre ser levada a sério ou ser bonita. Eu finalmente consegui fazer um papel sem nenhuma dessas merdas, é apenas sobre um personagem e suas preocupações e seus problemas e sua jornada.”

Há anos você escolhe “sexy”. Por que você fez essa escolha?

“Eu não tinha permissão para escolher.”

O que você quer dizer com isso?

“Ninguém vai investir em alguém que já está pré-embalado para uma categoria. Se eu sou pré-embalada para ser vendida na categoria A, então ninguém vai arriscar uma chance comigo na categoria B – e não há nenhum incentivo para fazê-lo. Eles vão apenas contratar alguém que é facilmente comercializável ​neste respeito. E à medida que envelhecemos e mudamos, apenas uma categoria se destaca como uma possibilidade para você, e depois você passa um certo ponto e não há praticamente nenhuma possibilidade neste campo, o que é triste para as mulheres. Pra mim nunca foi permitida a oportunidade de interpretar nada, mas tem um certo protótipo em que eu tento impregnar uma personalidade, falhas, peculiaridades. No final do dia eu tenho que deixar o set, esperando que todas as minhas falas, toda a minha inteligência, toda a minha estranheza e tudo o que eu trouxe e falei para o diretor aceitar ou para os produtores tentarem, eu espero que o editor irá proteger, que o marketing irá proteger – e isso é uma piada.”

“O incentivo que eles têm de fazer para uma personagem feminina que se encaixa em uma categoria facilmente comercializável se sustenta muito bem na história, porque não precisamos desenvolver muita coisa em nossas personagens femininas, certo? Elas não são muito aprofundadas simplesmente porque não precisam ser e essa é a ideia. Então, será que alguém tem que proteger o incentivo de toda essa merda que eu trouxe para a mesa? Eu tento encontrar maneiras de fazer minhas personagens mais fortes e independentes. Eu sempre tenho escolhido mulheres fortes e inteligentes, sempre escolhi proteger a mim mesma da melhor forma possível, mas a coisa realmente desfavorável é que ninguém tem nenhum incentivo nessa indústria para investir em algo diferente do que pode ser visto em você ou em qual é a coisa mais fácil de se fazer.

Para os créditos de Robert Edwards, eu me encontrei com ele igual eu e você nos encontramos e disse: ‘Eu vou trabalhar duro para aprender a cantar.’”

Você nunca cantou antes, certo? Nem tocava violão?

“Nunca.”

Você tem uma voz linda.

“Obrigada. Não é tão incrível. Eu nunca cantei antes, achava que não reconhecia as notas musicais. E eu lhe disse: ‘Eu acho que sou desafinada. Vamos arriscar, jogue fogo em cima, se eu for terrível jogue fogo em mim, mas eu quero fazer esse papel e quero que seja a minha voz. Eu não quero que seja algo com auto-tune ou dublado.’ E então eu fui para aulas de canto, violão e piano todos os dias e trabalhei duro por horas todos os dias durante meses. Quando me encontrei com ele, eu disse: ‘Eu aprecio você ter tido interesse em mim, porque são esses os personagens que eu luto para encontrar.’ As falhas de Jude, ela é vulnerável, mas principalmente porque Bob não estava tentando criar uma personagem feminina bidimensional que era sexy ou convincente. Ele não fez o “fácil”. Ele foi para uma personagem feminina complexa e fez algo mais insano ainda por me contratar para fazer isso e eu sou imensamente grata a ele por ver o meu valor como algo mais.”

“Mas é muito difícil, os papéis são muito limitados e difíceis de encontrar. Eu me mudei para Los Angeles com 17 anos sem conhecer ninguém, então eu tive que trabalhar pra caramba. Finalmente eu fui permitida de ter a oportunidade.”

“The Danish Girl” será lançado neste Natal. Você pode falar sobre isso e se você está sendo muito seletiva sobre os tipos de projetos que aceitará daqui em diante?

“Estou procurando papéis que me desafiam e que são irresistíveis. Nem sempre serão personagens fáceis, bonitos ou heróis. Quero assumir papéis que eu sinta que são complexos e desafiadores e “The Danish Girl” não é uma exceção. Eu interpreto Oola Paulson e ela é uma dançarina de balé em 1920 de Copenhague. A tendência criativa está ocorrendo através desta área do mundo. É uma época bela. Ela é uma dançarina de balé, próxima do casal interpretado por Eddie Redmayne e Alicia Vikander. Oola é sua amiga extravagante, divertida e adorável que permite que o personagem de Eddie seja visto a partir da perspectiva que ele quer, ela permite que ele seja o que ele quiser se tornar, de uma forma que seja impulsionado pelo coração. Ela é completamente sem julgamentos conduzindo com o coração e ajuda Eddie a perceber plenamente quem ele precisa se tornar, com amor e apoio e facilidade.”

Você é uma grande defensora da comunidade LGBT, sendo até definida como bissexual um tempo atrás. Este filme trata de um artista, Eddie Redmayne, que é famoso por ter realizado uma das primeiras cirurgias de mudança de sexo conhecidas. Seu ativismo no LGBT desempenha um papel no seu desejo de fazer “The Danish Girl”?

“Foram muitos os aspectos que me atraíram para fazer este projeto. Tom Hooper é um dos meus cineastas favoritos. Eddie Redmayne é um dos atores mais talentosos da minha geração. Isso pra se falar o mínimo dele. Eu estava animada para trabalhar com a Alicia, ela é incrivelmente talentosa. Tenho esse elenco incrível e essa época pela qual sou incrivelmente fascinada. Eu amo a arte, amo o surrealismo, especialmente. Portanto, esta época é atraente pra mim. Todas essas coisas combinadas. É uma história sobre coração e amor entre duas pessoas assim como a identidade e isso apenas aconteceu de ser também uma questão LGBT. É uma história envolvendo algumas das questões íntimas dentro da comunidade LGBT. Discriminação, identidade, relações familiares de amor, todas essas coisas dentro do contexto de uma sociedade. Dentro de uma sociedade que não aceita isso. Alguém passando por uma mudança de sexo para realizar-se plenamente é incrivelmente atraente pra mim. Obviamente eu sou uma grande defensora da igualdade e como um membro da comunidade LGBT, tenho a honra de ser capaz de ser parte de uma história que representa uma parte desta luta na vida.”

É uma história tão importante.

“Sim, é. É um problema enfrentado por muitas pessoas hoje. E como uma experiência sócio-sexual, é fascinante que nós começamos a falar sobre noções previamente concebidas do gênero. O que me fascina é que isso pode ser parte da conversa por causa da tecnologia – e quando eu digo “tecnologia”, quero dizer a tecnologia no campo da medicina também. Esta é uma possibilidade relativamente nova para mudar de gênero. Então, abre-se uma conversa totalmente nova que é fascinante pra mim sobre o que é ser homem ou mulher ou viver em um mundo com um sistema dos dois partidos. Onde você teve até recentemente uma das duas opções, e não era exatamente uma opção. Agora, isso abre uma conversação. É fascinante. E agora estamos começando a ser capazes de separar a identidade do gênero de preferência sexual e com a crescente aceitação da fluidez sexual e a crescente possibilidade de fluidez de gênero.”

“Sempre existiram pessoas homossexuais. Isso é um fato. E eu não estou tentando dizer que ter identidade de gênero ambíguo é algo novo. Olhe para a cultura grega, isso é relativamente recente também no espaço da cultura humana, mas ser ativamente capaz de mudá-lo desta forma… é incrível.”

Fonte: Indiewire
Tradução e Adaptação: Equipe AHBR




Conheci Amber Heard há cinco anos em um evento beneficente do The Art of Elsyium em Los Angeles que tinha o foco de ajudar crianças. Linda, em um vestido grande e vermelho, que recebeu a atenção de todos no local. Quando eu comentei sobre seu vestido, ela sorriu ironicamente, e com um toque de ironia disse: “Eu sou do Texas, gosto de tudo grande”. Eu soube imediatamente que gostava dela.

Faltavam poucas semanas para nós viajarmos para a Argentina, onde faríamos um filme juntas. Eu era a produtora e ela a atriz, mas ela estava tentando me deixar a vontade, deixando em destaque sua acessibilidade ao invés de sua estética. Ao longo dos anos, nós nos tornamos amigas próximas e eu sei que Amber é uma mulher de contradições. Ela é tão genial como impressionante, tão inteligente quanto gentil, uma garota do campo que vive nas cidades, uma mulher com a energia de uma bomba prestes a explodir, que também pode facilmente passar dias solitários com uma boa leitura e criação de arte. Ela é todas as mulheres em uma.

Eu chego em seu apartamento duplex em West Hollywood, lutando para chegar com perguntas que ilustrarão adequadamente a mulher que eu conheço, e ela faz isso de novo: abre a porta com essa grande energia Amber de ser e pergunta “uísque ou vinho?” Ela deixa-me à vontade, fazendo eu ficar bêbada.

Quero começar pelo fato de que eu li inúmeras entrevistas de revistas sobre você, tentando fazer uma pesquisa para este artigo e eles não conseguem captar suas qualidades, as que eu acredito que te levam ao topo. Achei isso interessante.

“Eles não conseguiram?”

Eu não sei se eles perderam esses detalhes ou se é porque você se apresenta de uma maneira indescritível. Eu sinto que você não é familiar para mim em entrevistas.

“Hum. Todo mundo diz isso.”

Por que você acha que se sai de uma forma tão diferente nas impressões?

“Eu não tenho ideia. Não são apenas pessoas mais íntimas ou amigos próximos, todo mundo diz isso para mim. Percebo que quando começo a trabalhar com novas pessoas em um set de filmagem (maquiagem, cabelo, estilistas, etc), que é sempre a primeira coisa que eles dizem. Todos eles fizeram sua “pesquisa” antes da minha chegada e depois daquele primeiro período de tempo juntos, o seus comentários são sempre “você é completamente diferente do que eu esperava”. Eu realmente não sei o que pensar sobre isso.”

Interessante. Eu acho que as pessoas, naturalmente, colocam um protótipo em alguém para que elas possam descrevê-las mais facilmente. Se eu citar coisas que eu vejo como suas qualidades mais predominantes, você pode comentar sobre elas?

“Ah ok.”

Bem, para começar, você é muito protetora e isso parece conduzir você. Você sempre cuida das pessoas ao seu redor. Eu adoro vir ao seus jantares, porque é uma mistura de-

“Hahaha pessoas sem-teto.”

Exatamente! Como pessoas estranhas e incríveis.

“Sim. Sempre, sempre os estranhos.”

Você é atraída para fora da margem?

“Bem, eu gosto de esquisitões. Pessoas que, de propósito ou inadvertidamente, ficam fora das normas da nossa sociedade. Eles são simplesmente mais interessantes.”

Amber dá uma pausa.

“Eu cresci no Texas, onde eu vi uma apresentação muito monótona da sociedade. Lembro-me da primeira vez que vi uma mulher muçulmana. Eu estava no meu caminho para a escola e ela estava usando um hijab. No Texas é uma coisa rara de se ver, e quando eu a vi, todo o meu corpo sentiu-se eletrificada. Eu lembro que eu estava meio que tremendo quando cheguei à escola.”

Quantos anos você tinha?

“Talvez nove.”

Wow.

“Eu nunca tinha visto nada como ela. Então, quando eu tinha 12 anos, nós fomos em uma excurssão para um templo hindu. Talvez o único na área… Basta adivinhar?? Ironicamente, foi em frente ao restaurante bar-bq, que foi realmente onde a nossa excurssão estava indo. Mas eles fizeram isso realmente cultural e pararam no templo Hindu. Eu não queria sair. Eu queria voltar no dia seguinte e tentei negociar uma viagem com um dos amigos do meu pai para me levar lá no caminho para o seu local de trabalho. E então tudo o que li e chequei da biblioteca foi sobre a fé e a cultura Hindu. Eu estava obcecado!”

Isso foi porque você gosta de aprender sobre as coisas, ou porque você se sentia como uma estranha?

Amber sorri amplamente.

“Ambos. Quem disse que eu tenho que escolher um?”

Isso é verdade.

“Eu sempre fui muito curiosa. Mas também a falta de acesso a coisas diferentes foi um enorme fator para isso. É como, você sabe, eles dizem que a necessidade é a mãe da invenção? Eu acho que vale o mesmo para qualidades internas. Para mim, a minha curiosidade absolutamente… não foi criada por ela, mas foi certamente alimentada pela sede, a seca que eu tinha pela a variedade quando eu era jovem.”

Eu me lembro que quando estávamos na Argentina, a cidade mais próxima onde se podia comprar qualquer coisa diferente da merda de um óculos de plástico vermelho era mais ou menos cinco horas de distância.

“Cinco horas de chocolate!”

Exatamente! Chocolate foram cinco horas de distância! Você foi a única que em seguida encontrou um orfanato minúsculo cheio de crianças e então dirigiu por horas para comprar brinquedos para eles.

“Nós fizemos isso algumas vezes. Essa foi a parte mais importante, um dos destaques dessa viagem. Foi completamente egoísta, porém nada me fez sentir melhor do que isso.”

Você faz isso para estranhos e amigos. Isso é natural?

“Sim, eu não sei, eu apenas faço.”

Eu me lembro quando você ganhou o seu cavalo, e alegremente me disse que pensou que ele poderia ser um cavalo anão. O que isso significa?

“Isso significa que ela tem um coração grande, mas tem pequenas pernas… coração grande.”

Amber ri de sua grande piada.

“Eu não sei, me sinto sortuda. Isso é o que é, eu me sinto muito sortuda e muito rica. Um dos meus amigos veio à minha casa e disse: “É bom ver a sua casa porque eu nunca tive isso, eu fui de ser nada para ser algo do dia para a noite.” E o meu amigo tem tido uma grande quantidade de sucesso, certo? O sucesso financeiro.”

Financeiramente, sim.

“Quando ele disse isso para mim, foi a primeira vez que eu pensei por um segundo sequer que eu não era rica, porque ele estava fazendo um comentário sobre como é maravilhoso ser… mediano. Eu não estou vivendo, talvez, do modo como fui criada, que foi, você sabe, com pouquissímas coisas adicionais. Sabe o que eu não tinha percebido até que meu amigo disse isso? Que eu não era…”

Você sempre se sentiu rica?

“Oh, uma série de vezes. Eu me sentia rica quando literalmente descobri o quanto eu poderia gastar em comida e gás. E até mesmo por causa da quantidade emocionante de viagens que eu comecei fazer, as pessoas que eu conheci, os amigos que comecei a fazer… nem uma vez em todo o tempo que eu vivi em Los Angeles senti que eu estava… sem sorte.”

Amber faz uma pausa pensando

“Eu só quero compartilhá-la com as pessoas. E não falando em metáforas… Não importa quanto sucesso você tenha, se você celebrá-lo sozinho, qual seria o ponto? Você não pode! Você não pode celebrá-lo sozinho.”

Isso é realmente verdade, aprendi com você…

Quando você soube que iria partir?

“Texas? Oh, talvez dois dias depois que eu nasci! Minha mãe disse: ‘Se tivesse rodas, você encontraria uma maneira de abusar delas.‘”

Você esteve sempre em movimento?

“Sim. mesmo com cavalos. Eu rapidamente fui de não ser capaz de ficar em um cavalo de equitação ou qualquer outro, até mesmo um cavalo de rodeio que homens adultos estavam com medo de andar. Ponha-me sobre ele e eu descobrirei uma maneira de colocá-lo por cima da cerca.”

E você se lembra do algum evento específico onde você estava tipo, “eu estou fora daqui”?

“Bem, eu tenho a minha carteira de motorista, eu já tinha dirigido de qualquer maneira.”

Para conseguir uma licença?

“Exatamente.”

Qual o primeiro lugar em que você foi?

“Aos 16 anos, eu fui à Nova Iorque para ver alguns agentes de modelo que disseram que iriam me conhecer.”

Você enviou as fotos para eles de Austin?

“Mm hm.”

Você ainda tem essas fotos? Eles são fantásticas?

“Posso garantir que eles são o oposto fantásticas!!”

Quando você chegou em NY e viu aquela cidade pela primeira vez, você estava apavorado ou alegre?

“Era como ver a mulher no hijab novamente só que multiplicado por mil.”

Você estava sozinha?

“Sim, eu me perdi. Eu fiquei em um motel barato do centro e pensei que tinha morrido e ido para o céu. Cada instante a partir daquele momento eu era diferente. Não tinha interesse em modelagem, na verdade, eu odiava, mas o único trabalho que eu poderia realmente me sustentar era a modelagem. Eu odiava isso, mas adorava estar em NY e adorei a liberdade.”

Então, aos dezesseis anos, você vai para Nova Iorque pela primeira vez e então sai de seu hotel e vai para um bar. Você se lembra o que estava vestindo?

“Me lembro exatamente o que eu estava usando, e era a roupa mais bonita que eu já tinha usado na minha vida, usava ela todos os dias em que eu estava lá.”

O que era?

“Foi essa blusa roxa de seda e uma saia curta que comprei na Nordstrom por sessenta dólares e foi a coisa mais bonita que eu já tinha comprado.”

Isso é incrível. Você estava usando botas de vaqueiro ou Keds?

“Oh deus, nenhum dos dois!!! Tenho esta foto de quando fui ao baile de formatura do meu amigo. Havia seis meninas nos vestidos mais conservadores do mundo e, em seguida, eu. Eu fiz o meu vestido! E é claro que só eu não pertencia aquela rodinha.”

Você não tinha qualquer vocação para ser a garota popular, bonita e poderosa? Você sabe, a maioria das meninas quer ser isso.

“Não, eu nunca me senti como se pertencesse aquilo e nunca foi realmente importante para mim.”

Tudo bem, outra qualidade que eu acho que você tem e que as pessoas não conhecem é que você é incrivelmente engraçada!

“Hm.”

Você é sempre boba e pateta. É frustrante quando as pessoas te caracterizam como uma pessoa tão séria?

“Ok você conhece o filme – Eu vou ficar realmente bêbada aqui – Você me conhece, eu sou uma grande pensadora.”

Não fique embriagada.

Eu vou. Você conhece aquele filme do Chris Rock?

Eu não sei de qual deles você está falando.

“É um remake de um filme muito antigo, onde ele morre, e eles o levam embora acidentalmente muito cedo.”

O Céu Pode Esperar?

“Sim! É tipo o melhor filme.”

Você não viu o original?

“Eu não tenho. Então o anjo ou qualquer outra coisa que está mostrando para Chris Rock um novo corpo para colocá-lo, aponta para esse cara realmente bonito que está prestes a ter um ataque cardíaco e diz “E que tal esse?” Qualquer um acharia que Chris Rock ao ver esse cara diria: ‘Ah, sim, eu vou levá-lo.” Mas o personagem de Chris era como, ‘De jeito nenhum! Você está brincando comigo? Ninguém vai rir desse cara. Ninguém vai rir de um homem que acha que vai chutar a sua bunda.’ É realmente muito interessante.”

Exatamente como você.

“Todas as minhas piadas são aquelas muito ofensivas que eu nunca poderia dizer em uma gravação.”

Amber faz uma pausa e, em seguida, obtém um brilho nos olhos.

“A loira corre para casa e diz a sua irmã ruiva que, após a relação sexual selvagem, Ughh… Eu já estraguei tudo.”

Eu acho que o uísque está tomando conta de nós!!

“Oh! Eu sei. A ruivo diz para sua irmã, ‘Eu dormi com um brasileiro!’ E então a loira, ‘Oh meu deus! Espere, com quantos brasileiros?”

Isso está horrível. Eu juro que você é engraçado, embora. Nós ainda não falamos a respeito da arte em tudo isso.

“Oh merda. Certo.”

Se você pudesse ter qualquer obra de arte, o que seria? Vamos dizer que esse cara estava tipo, ‘Eu quero dar-lhe qualquer presente no mundo, o que seria?’

“Seria a primeira folha da esfinge de Leonore Fini. Sua primeira tentativa de criar o que ela achava que era uma representação de uma mulher eternamente desafiadora. A mulher que não foi sequer ligado por ser mulher. É onipotente, um tipo de estranho e… fora do tempo.”

Você está fazendo arte agora?

“Estou.”

O que você está fazendo?

“Acabei de terminar uma pintura a óleo para a minha mãe. Na verdade não é óleo, é tinta e aquarela e um pouco de acrílico. Eu não estou feliz com isso, mas minha mãe chorou quando eu dei a ela, e isso significava o mundo para mim. Você quer ver uma foto dele?”

Ooh. Eu amo isso.

“Obrigada.”

Em quais filmes você está trabalhando agora?

“No momento eu estou filmando “When I Live My Life Over Again”, escrito e dirigido por Robert Edwards. É um drama sobre uma mulher que é forçada a se reconectar com seu passado e seu pai, a fim de colar os pedaços de sua vida quebrada. Essa personagem é incomum para mim, em que eu tenho finalmente a chance de viver na pele de um personagem que é completamente independente e sem restrições pela forma como ela se parece. Jude é uma mulher complexa e imperfeita que se submete a um crescimento real e mudança dentro da história. É um dos papéis mais desafiadores e gratificantes que eu alguma dia já tive a oportunidade de assumir.”

Quando está trabalhando, você leva um pedaço do personagem consigo após sair do set ou você simplesmente volta ao mundo real?

“Quando estou trabalhando em um projeto, tendo de alguma forma levar o personagem pra casa comigo. Há sempre uma parte do personagem que nunca será enfraquecida, mas depende da história, é claro.”

Eu sinto que tem sempre muita coisa acontecendo na sua vida… você é um ativista, viaja com frequência, e tem toneladas de amigos e família.. como você lida com distrações quando você está trabalhando?

“Quando eu estou fazendo um filme, realmente não há tempo para mais nada. Por causa dos locais distantes e horas de trabalho incrivelmente longas, isso realmente ajuda a não ser capaz de se distrair, eu acho.”

Eu entendo isso… vamos finalizar esta conversa. Se você pudesse viver uma vida ideal, como ela se pareceria?

“Eu sou uma grande fã Mark Twain, você sabia disso, certo?”

Não, mas eu não estou surpresa.

“Eu vou te mostrar alguns de seus livros em minha biblioteca mais tarde… mas vou parafrasear aqui, “Bons amigos, bons livros e uma consciência sonolenta: esta é a vida ideal”.

Fonte: Aleim
Tradução e Adaptação: Equipe AHBR




“Você não acha que ela se parece comigo?” Amber Heard pergunta enquanto está com seu cavalo de estimação, Arrow. Heard, de 28 anos, está usando botas cheias de lama endurecida por conta da equitação, calça jeans apertada, uma camisa branca e luvas de malha fina que cobrem parcialmente as unhas vermelho-envernizados. Ela coloca seu rosto próximo ao focinho bronzeado do cavalo e timidamente vira seu rabo.

Na verdade, eles são parecidos: ambos magros, pálidos e loiros. Arrow afucinha Heard, esperando algo para comer. “Assim como eu”, Heard continua, enquanto mexe em um balde cheio de petiscos de cavalos. Ela alimenta Arrow com uma maçã. “Ela vai te amar para sempre se você a tratar bem”, Heard observa o cavalo enquanto ela derruba a maçã. “Estar aqui de pé faz minha pressão baixar”, diz ela. “Quando estou em LA, eu venho montá-la cinco vezes por semana. Não importa como as coisas ficam loucas, Arrow me terá imediatamente de volta ao normal”.

Embora ela seja cuidadoso para não mencionar, Heard é, provavelmente, alusiva à polêmica em torno da seu recente noivado com Johnny Depp, seu colega de elenco em 2011 de “Diário de um Jornalista Bêbado“, que foi baseado em um romance precoce por Hunter S. Thompson. Antes de fazer esse filme, Heard trabalhou constantemente, aparecendo em filmes como “Segurando as Pontas” (como a namorada de escola secundária de Seth Rogen), “Tudo pela Vitória” (como a namorada de escola secundária de Garrett Hedlund), e The Joneses (como um colegial que se apaixona por um homem mais velho, David Duchovny).
Em Diário de um Jornalista Bêbado, ela não era mais uma garota de ensino médio, agora era uma mulher complexa e misteriosa que assombra Thompson em Porto Rico. “É muito difícil encontrar oportunidades como essa, um papel de uma jovem romântica”, diz Heard. “Como uma mulher, eu geralmente tenho duas opções: objeto sexual ou a melhor amiga não que não é sexy. Não é criativamente gratificante ser apenas sexy. Eu não fiz nada para parecer do jeito que eu me pareço. Os gêneses das pessoas não estão sobre o controle delas, por isso ter orgulho da minha aparência seria um erro. E além do mais”, continua, apontando para o cavalo, “há sempre alguém mais bonito em Los Angeles.”

Como uma ex-modelo da Guess Jeans, Heard tinha praticamente esperado ser estereotipada. “Eu lembro de ter recebido um pequeno papel no filme Zumbilândia”, ela continua. “Eu disse ao diretor: ‘Tenho de desempenhar um verdadeiro zumbi ou uma zumbi gostosa?’ “Eu tive medo de que ele fosse querer que eu fosse um zumbi de calcinha! Ele disse, ‘Não, faça como você quiser quiser.’ Eu disse, ‘Consiga embalagens de vômito pronto! Eu vou ser feia e bruta!'”

De acordo com amigos, foi a intensidade e atitude independente de Heard que mais atraiu Depp.

“Eu sempre quis sair de lá,” Heard explica. Crescendo em Austin, Texas, ela estava inquieta e ambiciosa. “Eu não queria ficar presa lá. E ser modelo foi uma maneira de ver um mundo muito maior.” Heard está muito perto de seu pai, um empreiteiro que também treina cavalos, incluindo Arrow. “Ele me ensinou muito sobre animais, sobre carros, e sobre lidar com os problemas. Isso é o que acontece quando seu pai não tem um filho. Eu me recusei a aprender futebol, eu tinha que me rebelar de alguma forma.”

A mistura de crescer como um menino e como a menina mais bonita da cidade, é o que faz Heard intrigante, ela é feminina, mas resistente. “Sempre que meus velhos amigos se encontram com alguém que eu estou envolvida romanticamente, eles o alertam imediatamente: ‘Ela pode parecer refinada, mas quando está com raiva, ela pode ir para um estacionamento de trailers muito rápidamente'”, ironiza Heard. “Mas eu sempre preferi estar apaixonada. Eu não posso imaginar viver uma vida tranquila “.

Eu pergunto para Heard se sua vida mudou desde que o noivado com Depp aconteceu. Numa conferência de imprensa recentemente, Depp exibiu o anel que ele havia comprado para ela, era grande demais para seu dedo. E duas noites antes da nossa reunião, houve uma festa de noivado repleta de estrelas (Steven Marilyn Manson! Tyler!) A década de 1920 no Carondelet House em Los Angeles. Mas Heard é mais discreta do que Depp. “Eu não tenho notado qualquer mudança na minha carreira”, diz ela cautelosamente. “E, para melhor ou pior, eu sempre tive uma vida amorosa que parecia particularmente obscena para algumas pessoas. Antes, ela também foi vista como não convencional”, acrescenta, aludindo ao fato de que ela tinha se envolvido romanticamente com mulheres.

Sua história com a imprensa tem ensinado Heard a ser cautelosa e se auto-proteger. Ela muda de veículos a cada semana para que os paparazzi não possam facilmente encontrá-la. “Eu sinto falta de dirigir meu Mustang”, diz ela. “Eu construí ele a partir do zero, e eu amo esse carro. Mas todos os fotógrafos sabem sobre ele e eu odeio ser incomodada. Por isso, está guardado na garagem. “

No dia seguinte, Heard está voando para Nova Iorque, onde ela estará filmando o drama de pai e filha em “When I Live My Life Over Again” com Christopher Walken. Sua personagem canta, e Heard vem tomando horas de treinamento vocal todos os dias para se preparar. “Eu pensei que era desafinada”, diz Heard, dando uma última maçã para Arrow. “E, na verdade, eu não tenho nenhum dom natural ou talento para cantar. Geralmente, quando uma pessoa não tem talento para alguma coisa, eles não correm atrás disso. Então, eu sou corajosa ou estúpida.” Ela dá um tapinha de adeus no nariz de Arrow. “A garota que eu estou interpretando é de uma banda punk, e ela é um pouco estranha. Não é sexy-estranho, mas simplesmente um inusitado-estranho. O que é emocionante para mim. Eu gosto do estranho. Eu posso ser loira e usar batom, mas estou tão feliz por ser estranha.”

Fonte: W Magazine
Tradução e Adaptação: Equipe AHBR




Quando a Stylist foi convidada para conversar com Amber Heard sobre seu último filme, “Diário de um Jornalista Bêbado”, nós não sabíamos o que esperar. A mais nova amour du jour de Hollywood tem trabalhado dentro de uma variedade de rotulações enquanto seu perfil cinematográfico continua a florescer.

Mas o que é mais impressionante sobre Amber, quando a encontramos em Londres, não é seu encanto por ser ‘a garota loira’, nem seu status de estrela de cinema. Em vez disso, a atriz irradia uma sensação de glamour das escolas antigas e a sua integridade, que muda tudo o que pensamos sobre ela por ter apenas 25 anos.

São as mesmas qualidades que fizeram o diretor Bruce Robinson contratá-la para fazer a personagem Chenault em “Diário de um Jornalista Bêbado”, a adaptação de 2011 do clássico romance de Hunter S. Thompson.

“A partir do momento que pus os olhos nela, eu sabia que ela era a garota”, diz Bruce. “Eu queria alguém que pudesse se destacar na tela da mesma maneira que Catherine Deneuve fez 30 anos atrás. Amber conseguiu fazer isso.”

O que te atraiu para “Diário de um Jornalista Bêbado”, em primeiro lugar?

“Contracenar com Johnny Depp em uma bela história de amor escrita por um dos meus autores favoritos, Hunter S. Thompson, um filme dirigido por um dos cineastas mais geniais, Bruce Robinson, e as filmagens em Puerto Rico – Eu não poderia ter desejado uma combinação melhor. É um elenco tão incrível e uma história tão maravilhosa que eu realmente não tive escolha.”

Você leu o livro várias vezes com antecedência, isso adicionou mais pressão para o papel ou te ajudou?

“Sempre que se lê um livro você leva consigo uma certa cautela, então eu acho que isso é um fardo extra porque a há sempre aquele ver de que o filme nunca é tão bom quanto o livro… mas neste caso, não foi definido para ser algo melhor ou pior. Ele foi tratado de muitas maneiras diferentes (o filme), ele protege e mantém a integridade do assunto. Acho que com verdadeiros artistas como Johnny Depp e Bruce Robinson, me senti segura em saber que o trabalho seria protegido, se era do livro ou não. Eu sabia que estava em boas mãos.”

Como foi trabalhar com Johnny Depp?

“Foi a minha primeira vez trabalhando com ele e como você pode imaginar, isso poderia ser visto como um processo intimidante, mas Johnny faz de tudo para contrariar isso. Ele tem uma presença tão maravilhosa dentro e fora set, ele é ser-humano íncrivel, um artista maravilhoso e um grande ator. É tão fácil trabalhar com ele, Johnny faz você se sentir em casa desde o primeiro dia. Eu tive sorte.”

O processo de audição foi difícil?

“Eu fiz o teste várias vezes para esse papel e foi um processo cansativo na minha opinião, apenas por causa dos nervos e uma grande quantidade de energia que entra em qualquer processo. Mas eu acho que as melhores coisas da vida e as mais gratificantes dela, são aqueles que não vêm fácil, portanto, este não foi exceção. Eu estava exultante quando eu consegui o papel. É um papel dos sonhos, uma oportunidade incrível.”

O que significa para você ser uma mulher de alto perfil em Hollywood e que ainda há batalhas a serem vencidas na forma como as mulheres são representadas?

“Acho que a principal luta para as mulheres em Hollywood e mulheres na minha posição é a de lutar por uma verdadeira representação na mídia. Quando apenas um ou dois por cento dos cineastas são do sexo feminino, você não tem como ajudar, pois existe esse certo preconceito. Nós temos todos os nossos personagens e todas as nossas histórias contada através da perspectiva e opiniões dos homens, e isso é bom, mas enquanto não acrescentarem uma parte importante ou mais expressiva dos cineastas, as coisas não vão mudar. Eu não acho que sou a primeira a expressar algum tipo de frustração com a quantidade limitada de papeis que são oferecidos para mulheres jovens, principalmente aquelas que são vistas como protagonistas. Pode ser um processo frustrante e eu não sou imune a isso porque, você sabe, não é que eles (os papeis) não estejam lá fora, eles simplesmente não sao escritos para nós, as mulheres.”

Você está agora amplamente reconhecida e se refere como um símbolo sexual de Hollywood – o que é ótimo, de uma maneira – mas você também deve achar que isso é frustrante?

“É muito frustrante porque, naturalmente, eu – assim como qualquer um – não me vejo em termos tão limitados. Enquanto eu sei que as pessoas podem me ver de uma certa maneira, eu também sei que há muito mais para mim e sei que existem coisas mais interessantes sobre mim. Eu acho que é importante para nós, especialmente as mulheres, lembrarmos que existe um mecanismo padrão que está enraizada nas pessoas de Hollywood e nós apenas tendemos a caracterizar as mulheres em uma de duas maneiras: o primeiro, ser sexy ou bonita, o que lhe proporciona oportunidades muito limitadas e um alcance muito baixo de qualidades que você pode ter em seus personagens. Te oferecem uma faísca muito brilhante, mas nunca uma chama – é uma faísca e será apaga em breve e essas são as duas únicas coisas que você pode fazer. Se você está rotulada como sexy e bonita, então é isso. Você vai tender a achar que isso é tudo o que está na descrição da sua personagem.
Enquanto que na outra categoria, você terá a capacidade de assumir muitas qualidades diferentes, seja engraçada, forte, mesquinha, falha, vulnerável, inteligente ou independente, bem-humorada e espirituosa… você tem muito mais oportunidades. E há algo a ser dito sobre o fato de que nós apenas, em geral, em Hollywood não consigamos atravessar qualquer uma dessas duas categorias em conjunto, ou você está em uma ou está em outra. Se você estiver na última categoria, não poderá ser vista como sexy. E eu não sei porque as duas categorias são mutuamente exclusivas, mas eu tento no trabalho, eu faço o meu melhor para permitir uma compreensão mais diversificado de personagens femininas. Espero que, no futuro, exista mais poder de mudar um sistema que eu vejo como falho.”

Fonte: Stylst
Tradução e Adaptação: Equipe AHBR







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