Seja bem-vindo ao Amber Heard Brasil, a sua maior e melhor fonte brasileira sobre a atriz no Brasil. Aqui você encontrará informações sobre seus projetos, campanhas e muito mais, além de entrevistas traduzidas e uma galeria repleta de fotos. Somos um site sem fins lucrativos criado e mantido por fãs e não possui qualquer ligação com Amber Heard, sua família ou seus representantes. Todo o conteúdo original aqui apresentado pertence ao site a não ser que seja informado o contrário. Nenhuma violação de direitos autorais é pretendida, nós NÃO reivindicamos ou possuímos direito de propriedade sobre nenhuma das fotos em nossa galeria, as mesmas pertencem aos seus respectivos donos legítimos e estão sendo usadas de acordo com a Fair Use Law § 107.


Confira, abaixo, a entrevista que a Amber Heard concedeu à Flare Magazine para a edição de setembro em 2013.

Amber Heard dirige um powder-blue 1968 Ford Mustang. Ela o dirige faz nove anos — foi uma das primeiras coisas que comprou quando se mudou para Los Angeles em 2004; ela tem fotos dele em seu iPhone. Quando ela fala sobre ele, soa como uma mãe orgulhosa. O carro também é bastante chamativo, o que não é o ideal já que Heard ganhou um lugar na lista de celebridades mais procuradas dos paparazzis. Claro, ela poderia aposentar seu companheiro de longa data — se tornando uma dos muitos jovens que fazem seu caminho por L.A. com seus motoristas em seus SUVs pretos — mas, explorar a cidade em seus próprios termos não é algo que ela está disposta a desistir. “Em um certo ponto, você só tem que dizer: ‘OK, eu não vou deixar que outras pessoas digam como eu posso viver a minha vida’”, ela diz.

Heard, 27 anos, vem atuando profissionalmente há quase uma década — sua primeira e grande atuação foi num pequeno papel no filme Tudo Pela Vitória; em seguida, veio pequenas, mas memoráveis aparições como em Segurando as Pontas e Zumbilândia. Em 2011, ela foi a protagonista feminina em O Diário de Um Jornalista Bêbado, ao lado de Johnny Depp. Era o papel que mais de 20 atrizes de Hollywood ansiavam (Scarlett Johansson e Keira Knightley também fizeram o teste), e o burburinho a estabeleceu como uma it-girl na indústria cinematográfica. Robert Luketic (Legalmente Loira) escolheu Heard para ser a única protagonista feminina em Conexão Perigosa (2013), um suspense estrelado por Liam Hemsworth, Harrison Ford e Gary Oldman. Robert Rodriguez transformou sua companheira texana em uma rainha da beleza atiradora em Machete Mata (2013), a sua mais recente homenagem a Grindhouse. Seus personagens têm ambos o poder e a diversidade que todas as jovens atrizes cobiçam.

Manter sua vida amorosa de fora tem sido um pouco mais cansativo. Para aqueles que não estão atualizados sobre suas notícias via TMZ ou Us Weekly, Heard está namorando o protagonista de O Diário de Um Jornalista Bêbado, Johnny Depp. Ela não fala sobre o assunto: “Não é parte da minha vida profissional”, diz ela com firmeza. “Eu quero ser uma artista. Eu não quero ser uma celebridade”. Já que ela não é a primeira a começar com o discurso: “Ai meu Deus, eu sou famosa”, com Heard você tem a sensação de que ela realmente quer dizer isso: “Você pode encontrar fotos minhas [na internet] no posto de gasolina, pegando as roupas na lavanderia, andando com meu cão”, diz ela, “Mas em nenhum lugar você vai encontrar fotos minhas rondando algum clube noturno”.

Eu conheci Heard, para fazer a nossa entrevista, em West Hollywood, no restaurante Little Next Door. Ela escolheu o encantadoramente casual Little Next Door, irmão do restaurante francês de cinco estrelas ao lado; o vitral acolhedor e o teto escurecido de heras cria um rústico refúgio romântico. Ela dá uma olhada rápida no pátio antes de sugerir que entrássemos. “É onde eu normalmente me sento”, diz ela, apontando para um outdoor de quatro lugares ocupados no lado da rua cercado por um muro de arbustos. É o único lugar no pátio que alguém que estiver na calçada não poderá ver… E vulnerável aos paparazzis. Enquanto nos dirigimos a uma mesa tranquila na parte de trás, eu pergunto se ela tem outras estratégias para se manter longe dos holofotes. Ela ri, e diz a primeira de muitas farpas: “Você acha que eu vou dizer a alguém da mídia minhas estratégias para fugir da mídia?” (Artista: 1. Repórter: 0.)

Mais cedo naquele mesmo dia, eu estava na foto de capa. Em uma maquiagem pesada e um salto de cinco centímetros, Heard ficou assustadoramente linda, como uma vilã russa. Aram Rappaport, que dirigiu o filme em que ela foi protagonista, Syrup (lançado em DVD em outubro de 2012), disse que Heard tem um rosto que não precisa de truques técnicos: “Nós a expomos na Times Square usando apenas alguns efeitos de luzes. Mesmo com os mais belos atores, isso simplesmente não acontece”. O filme, baseado no romance de 1999 deMax Barry, é um conto moral da era moderna na indústria da publicidade. Heard interpreta Six, a encarnação viva do conceito “sexo vende”.

No jantar, a maioria de sua maquiagem havia desaparecido, o visual elegante de inverno foi trocado por uma confortável canga de algodão preta, jeans skinny escuro, botas de couro e alguns anéis robustos. Heard não faz questão de falar sobre sua aparência, pois isso sempre parece ter um efeito contrário, ela diz: “Alguém vai me fazer uma pergunta sobre minha aparência, como algo sobre o meu cabelo, e depois na revista parece que eu entrei e disse: ‘Sabe, o que eu realmente gostaria de falar é sobre o meu cabelo’”.

Rappaport disse que sabia que ele havia encontrado sua protagonista quando viu Heard na festa de aniversário de um amigo. “Ela estava sendo o centro das atenções e havia um enorme grupo, pessoas mais velhas e jovens, todos estavam fixos em cada palavra que ela dizia”, lembra ele. Heard estava debatendo sobre a validade de atores do sexo feminino no cinema. “Claro que todos nós podemos nomear asexceções”, diz ela, disparando a minha reação instintiva de cita Meryl Streep, Susan Sarandon e Kate Winslet… Em 10 anos. “Nós dois provavelmente estamos pensando nas mesmas cinco mulheres agora. Talvez nem mesmo cinco”.

Contestar é a expecialidade de Heard. “Eu nunca me interessava pelo que todos na escola gostavam”, ela diz lembrando seus primeiros anos na parte rural de Austin, Texas. “Eu odiava a ideia de ter aulas de dança na escola, odiava tudo o que estava acontecendo na cultura pop. Eu não tinha nenhuma noção do mundo das celebridades ou de Hollywood. Eu estava sempre lendo e ouvindo música. Os únicos cartazes que tive na minha parede foram Rosie the Riveter e Jimi Hendrix”. Quando adolescente, ela não sonhava em se tornar uma atriz apenas para ser conhecida no mundo. “Minha mãe sempre diz que se algo tiver rodas, eu fico obcecado por isso — carros, motos e aviões também. Eu estavasempre querendo ir a algum lugar”. Isso ela fez aos 16 anos, depois de completar seu ensino médio e gastar toda sua poupança no bairro dos Kinkos, ela começou uma curta carreira de modelo em Nova York, e odiou. “Ninguém estava interessado na minha opinião”, diz ela. Heardfez as audições e estreou em Tudo Pela Vitória em apenas alguns meses.

A maioria das atrizes anseiam por filmes ao estilo garoto-encontra-menina como base para projetos maiores, mas Heard diz que ela fez um grande esforço para ir por um caminho diferente, mesmo que significava-se ficar coberta por sangue falso pegajoso. “Pelo menos as personagens femininas em filmes de terror lutam para se salvarem. Elas não ficam apenas sentadas à espera de um homem para salvar o dia”, ela diz. Em 2006, Heard estrelou como a personagem título (Mandy Lane) no filme de terror Tudo Por Ela (em inglês, All the Boys Love Mandy Lane), que estreou no Toronto International Film Festival e lhe rendeu tração de contracultura. Heard também aceitou interpretar uma dos protagonistas na série de drama da NBC, The Playboy Club em 2011, baseado nos acontecimentos na década de 1960. Gloria Steinem criticou a série como “normalização da prostituição e da dominação masculina”, mas Heard esteve frente a frente com a mãe do feminismo moderno na mídia, dizendo na época: “É surpreendente [em nossa geração] quando “Steinems” do mundo nos criticam, eu acho, porque somos parte de uma geração de mulheres que não precisam escolher entre botas de combate ou um avental. Nós podemos fazer com saltos”.

Ainda descaradamente sexy, Heard tem mais dois novos papéis em sua lista. Conexão Perigosa é um suspense de espionagem sobre duas empresas rivais tecnológicas. Heard interpreta Emma. “Conexão Perigosa foi um roteiro interessante. Eu amo lidar com vários temas antigos como a ganância e o poder, mas é uma história muito moderna. Meu personagem, basicamente, teve que ser inteligente o suficiente para manipular o personagem de Liam Hemsworth. Sim, há cenas de sexo, mas não foi como se ela estivesse caindo aos seus pés”. Quando eu lhe pergunto se seus personagens usam sua beleza e sexualidade como uma forma de poder, ela diz que isso pode ser um desafio apenas para encontrar o papel certo — especialmente em Hollywood que é muito rápido para distribuir os papéis: “[O roteiro] não diz que esses personagens são ‘sexy’. Eu não estou pegando-os por causa disso”, diz ela. “Eu pego os papéis que são interessantes e que as personagens femininas sejam profundas. Eu estou trabalhando com o que eu tenho”. Eu brinco que talvez ela devesse ganhar mais para interpretar um monstro ou usar óculos. “Ha!”, diz ela. “Se fosse assim tão fácil!”

Ela disse que uma vez pediu para sua assessora colocar os roteiros que descrevam a personagem como “bonito” ou “sexy” no fundo da pilha, a menos que haja casos especiais… Como é com o seu outro próximo papel, em Machete Mata. “Robert [Rodriguez] entendeu que esse papel foi totalmente perfeito para mim. Ela é a Miss San Antonio, mas ela tem um outro lado”, diz Heard. Ela quer dizer que ela subiu a temperatura do Texas, e, aliás, é o que ela sempre faz. Heard, que cresceu caçando com seu pai que é um empreiteiro comercial, possui várias armas de fogo e já visitou lojas de armas em L. A. “A posse de armas precisa ser regulada, não proibida”, diz ela. Heard não é facilmente intimidada — em apenas alguns anos ela já trabalhou com vários titãs do mundo cinematográfico, como Nicolas Cage e Kevin Costner, juntamente com Depp, Ford e Oldman, que teria a maioria dos ingênuos na porta de seu trailer, mas, diz ela, “Eu sempre olho para isso como parte do meu trabalho”. Conhecer seus autores favoritos — ela cita George Orwell eChristopher Hitchens — seria mais provável deixá-la nervosa eintimidada. Ou se Salinger voltasse dos mortos, ela adora ‘O Apanhador No Campo de Centeio’ e se identifica com a sua infame heroína: Holden Caulfield. Robert Luketic, o diretor de Conexão Perigosa, ficou impressionado com o desejo de Heard por conhecimento. “Amber simplesmente devorava todos estes livros durante as gravações. Eram coisas que eu nunca leria — livros sobre políticas sociais do Chile nos anos 60 e 70.” Luketic relembra uma noite em Nova York, quando foi jantar com Heard e Ford. “As coisas que saiam de sua boca, e Harrison olhava para mim e dizia: ‘Wow’.” É claro que, quando se trata de co-estrelas com uma determinada diferença de idade, há uma certa disputa.

Eu: “De todos os atores que você já trabalhou, há alguém com quem você já teve uma química realmente incrível?”
Heard: “Você realmente não espera que eu responda isso, não é?”

Ela não irá falar de sua relação com Depp, assim como seu relacionamento anterior de quatro anos com a fotógrafa Tasya van Ree. (Eu pergunto se ela ainda se identifica como bissexual. “É tão estranho para mim que todo mundo se preocupa”, diz ela. “Talvez você goste de loiras agora, mas talvez você estará com uma morena no futuro. Eu simplesmente não entendo essa ideia de que temos de escolher um ou outro”. Ela e Depp causaram um escândalo quando foram fotografados de mãos dadas em um show dos Rolling Stones. Ela o acompanhou nas estreias internacionais de seu último filme, O Cavaleiro Solitário: Eles jantaram em Moscou e em Londres, passearam em Berlim e esteve com os filhos de Depp no aeroporto de Tóquio. Heard diz que falaclaramente quando os repórteres estão perguntando sobre ele sem realmente perguntar sobre ele. Será que ela acha isso engraçado ouapenas irritante? “Bem”, ela diz: “Eu estou rindo de você, não é?”. Tal desafio poderia parecer mal-intencionado, mas a franqueza e oraciocínio rápido de Heard são atraentes. Onde algumas celebridadespediriam para sua assessora “dar um jeitinho”, Heard pode fazer isso ela mesma, e não é tão difícil que ela não possa ter empatia com algum jornalista que tem que pelo menos tentar obter o que deseja. (É fácil ver por que até mesmo Você-Sabe-Quem se sentiria atraído por ela).

Heard diz que o escrutínio pode ser frustrante, mas é totalmente fora de seu controle. Ela encolhe os ombros: “Eu acho que se eu não pudesse ficar de mãos dadas com quem eu quero, mas que tipo de vida seria essa? Eu não quero mudar só porque as pessoas estão vendo. Eu sempre fui a pessoa que diz o que quer”. Deixe os blogueiros postar e tweetar tudo o que eles quiserem: Como seu carro clássico, demonstrações públicas de afeto que são, para Heard, inegociáveis.

Tradução e Adaptação: Equipe AHBR







layout desenvolvido por lannie d. - Amber Heard Brasil