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 Johnny Depp mandou uma mensagem para seu médico, admitindo que cortou seu próprio dedo depois de um ataque a Amber Heard, o Tribunal Superior ouviu hoje, em novo desdobramento no caso de difamação do ator contra o jornal The Sun.

Depp havia alegado, anteriormente, em documentos judiciais dos EUA que sua ex-esposa Heard seria a responsável por cortar a parte superior do seu dedo médio direito jogando uma garrafa de vodka nele durante uma briga violenta apenas um mês depois do casamento, além de apagar uma cigarro em seu rosto, em 2015. 

Porém, mensagens de texto divulgadas pela primeira vez nesta quarta-feira (18 de março) foram lidas no Tribunal Superior de Londres, em que Depp admite para seu médico pessoal, David Kipper, em 2015, que ele mesmo infligiu a ferida.

A admissão de Depp nas mensagens de texto para seu médico corrobora a declaração de Amber Heard sobre o ataque sofrido pela atriz em março de 2015, do qual resultou a lesão ao dedo de Depp.

O tribunal também ouviu um relato arrepiante do ataque acontecido em março de 2015, onde Depp, 56, supostamente arrancou a camisola de Heard, de 33 anos, a agarrou pelos seios e depois pelo pescoço e a estrangulou.

Johnny Depp, supostamente prendeu Amber Heard contra uma mesa de pingue-pongue e a estrangulou, durante o ataque que ocorreu na Austrália, em 4 de março de 2015. Durante esta briga violenta, o ator cortou ponta do próprio dedo e mandou uma mensagem para seu médico perguntando o que fazer. 

Em 07 de março de 2015, Depp escreveu:

“Cortei a ponta do dedo médio. O que devo fazer? Exceto, é claro, ir ao hospital.”

Estou tão envergonhada por ter me envolvido em qualquer coisa com ela. F***-se o mundo. JD ..”.

Em nova mensagem enviada 12 dias depois, Depp escreve para seu médico:

“Obrigado por tudo. Cortei meu dedo médio esquerdo como um lembrete de que nunca deveria cortá-lo novamente.”

Eu te amo, irmão. Johnny”. 

As mensagens de texto foram lidas na corte de Londres como parte dos procedimentos de uma batalha de difamação contra o jornal britânico The Sun em resposta ao artigo do colunista Dan Wootton, publicado em 2018, que descrevia o ator como um “espancador de esposas”. Depp nega veementemente atacar Heard e alega que de fato ele é vítima de violência doméstica.

Diz-se que ambos estão ansiosos para iniciar o julgamento na segunda-feira, 23 de março, mas o juiz Nicol manifestou preocupação com vários advogados e a imprensa compartilhando o mesmo tribunal, devido à pandemia do coronavírus. Espera-se que o juiz decida sexta-feira de manhã se o caso continuará segunda-feira.

Adam Wolanski, QC, representando o The Sun e seu colunista Dan Wootton na batalha de difamação contra o ator descreveu os eventos de 4 de março de 2015. Ele disse:

“Naquela noite, o queixoso empurrou a srta. Heard em uma mesa de pingue-pongue, jogou garrafas através dos painéis das janelas de uma porta de vidro, depois agarrou a srta. Heard e arrancou sua camisola.”

“O queixoso agarrou a srta. Heard pelo pescoço e a estrangulou contra a geladeira.”

O queixoso zombou dela, enquanto a tocava e a agarrava pelos seios e a empurrava repetidamente contra a geladeira.”

O queixoso então agarrou a srta. Heard pelo pescoço e clavícula, bateu-a contra a bancada e a estrangulou.”

O tribunal ouviu que, no início de 2013, houve outra briga entre o casal agora divorciado, no qual Depp caiu de joelhos e começou a chorar culpando um ‘monstro’ que vivia dentro dele.

Em 15 de dezembro do ano passado, a Srta. Heard fez uma declaração de testemunha sobre a disputa.

Sr Wolanski, resumindo a declaração, disse:

“Ele disse que estava arrependido e não faria isso de novo. Ele pensou que tinha matado aquela outra pessoa. O monstro como ele chamava. Ele disse que era uma doença. Ele culpava suas ações à uma terceira pessoa auto-criada.”

O juiz Nicol determinou que as evidências de dois psiquiatras com quem Depp se consultou agora teriam que ser divulgadas ao The Sun. O ator falou com a Dra. Amy Banks pelo skype duas vezes, custando £ 1.000 e também consultou-se com Dr. Alan Baulstein entre 2012 e 2016.

Para esclarecer, Depp também está processando Heard por difamação nos EUA após a atriz escrever um artigo no Washington Post descrevendo sua experiência como vítima de abuso doméstico, sem nomeá-lo. Depp afirma que o artigo insinuou que ele era o agressor dela e por lhe custou o papel de Capitão Jack Sparrow em “Piratas do Caribe”.

Já no caso que se desenrola no tribunal inglês, Depp acusa de difamação a NGN e o colunista Dan Wootton devido a publicação de um artigo no The Sun em abril de 2018, sob o título “Gone Potty – Como JK Rowling pode estar ‘genuinamente feliz’ escalando o espancador de esposa Johnny Depp para o ​​elenco do filme Animais Fantásticos?”

Em um comunicado, um porta-voz de Heard disse:

“Heard obteve uma ordem de restrição de violência doméstica de um juiz em 2016. Quatro anos depois, Depp a arrastou para prestar depoimento a um tribunal em Londres e a submeteu a julgamento pela mídia. Como hoje mostrou, as provas no tribunal acabarão falando por si só.”

Os advogados de Depp contestaram a precisão dos fatos que poderiam prejudicar seu caso, dizendo que o juiz foi enganado e acrescentando:

“O que o tribunal ouviu hoje não foi evidência – foi a mais nova história de Amber Heard sobre um ‘estourar noturno.”

“Os fatos importam. Na realidade, como mostram os registros hospitalares e os testemunhos oculares, a história de ataque de Amber Heard não poderia ter ocorrido na noite de domingo, 8 de março de 2015, como ela alega.”

“Como Johnny Depp foi ao hospital no início da tarde de 8 de março de 2015 para recolocar o dedo que Amber Heard cortou e o Sr. Depp não a viu novamente na Austrália.”

“Nossos oponentes estão tão perdidos em suas mentiras que nem conseguem acertar sua sequência falsa de eventos, horários ou datas”.

A advogada de Amber Heard, Roberta Kaplan, disse:

“Amber Heard está muito ansiosa pelo julgamento do Reino Unido.”

“Na preparação para o julgamento, Depp e sua equipe têm se envolvido em uma campanha diária da imprensa para vazar seletivamente os materiais, distorcê-los de todas as formas possíveis e envergonhar e assediar Amber e as pessoas ao seu redor, incluindo possíveis testemunhas.”

“Srta Heard acredita que a verdade vindo à tona através da apresentação de provas no tribunal finalmente acabará com essa campanha abusiva.”

“Se necessário testemunhar pessoalmente, a Srta. Heard viajará para Londres se tiver permissão legal para fazê-lo, apesar do risco para sua saúde e segurança, devido a pandemia em andamento.”

“Caso contrário, a Srta. Heard garantirá que ela esteja disponível para testemunhar a qualquer momento por chamada de vídeo. ”




Apesar da grande briga judicial entre Amber e seu ex-esposo, Johnny Depp, de quem a atriz pediu divórcio em Maio de 2016 com acusações e provas de que sofria violência e abusos domésticos nas mãos do ator, Amber Heard não perderá seu papel como Mera em Aquaman 2, filme da franquia da DC Comics.
Recentemente, a equipe jurídica do ator jogou na mídia alguns áudios resultados de uma ligação gravada entre as duas partes, onde JD tenta a todo custo fazer jogos psicológicos com a atriz.

Com a divulgação dos áudios, os fãs do ator de 56 anos começaram a levantar na internet petições para que Heard perca seu papel como Mera, em Aquaman 2, e também perca seu contrato com a marca L’Oreál Paris, na qual Amber foi nomeada como embaixadora em Maio de 2018. Mas segundo o site Screen Geek em recente matéria divulgada, nada disso vai acontecer. Confira a tradução:


“Uma fonte próxima a toda a situação nos contou:
‘A Warner Bros. não se importa com as alegações feitas contra Amber Heard, tampouco se interessa pelas redes sociais. Então, não há nada acontecendo com seu papel em Aquaman 2, e eles não consideram demiti-la. As petições para que a atriz seja demitida da L’Oreál também são altamente improváveis ​​de ir a qualquer lugar com a empresa. A L’Oreal administra as páginas de Amber Heard nas redes sociais, e a companhia gosta muito dela.”

A fonte continua explicando que existe muito mais acontecendo no caso, incluindo evidências que podem ser extremamente prejudiciais contra o ator Johnny Depp.


“De fato, há muito mais nessas alegações do que o que foi revelado até agora. É por isso que Amber Heard não fechou acordo com Johnny Depp. Embora as gravações em áudio com Amber Heard não pareçam boas, Amber ainda tem evidências incrivelmente prejudiciais contra Johnny Depp. Dito isso, Amber Heard e sua equipe jurídica decidiram fazer tudo o que envolvia seu caso no tribunal, em vez de confiar nas redes sociais.”

Tradução e adaptação: Equipe Amber Heard Brasil.




Nesta quarta-feira, 19, o Teen Choice Awards divulgou os indicados para a sua premiação votada por fãs em seu site e redes socais, sendo um dos filmes mais populares de 2018 Aquaman não poderia ficar de fora e muito menos nossa amada Amber Heard, que interpreta a Princesa Mera no filme. Fizemos um post completo ensinando a vocês como votar na premiação, para dar a prancha para Amber e Aquaman siga as regras:

  • > Tweetar as frases:
  • “My #TeenChoice for #ChoiceSciFiFantasyMovieActress is Amber Heard” para votar em Amber Heard na categoria Choice Sci-Fi/Fantasy Movie Actress.
  • “My #TeenChoice for #ChoiceSciFiFantasyMovie is Aquaman” para votar em Aquaman na categoria Choice Sci-Fi/Fantasy Movie.
  • NO MÁXIMO 10 vezes ao dia por categoria e por usuário no Twitter.

OBS: Não é permitido votar para mais de uma categoria num mesmo tweet. Caso aconteça, o voto será anulado.

OBS2: Os tweets podem conter fotos, vídeos e gifs, porém os tweets com números e emojis também serão ANULADOS.

  • > Para votar pelo site do TCA (clique aqui), será preciso mudar o IP do seu computador para um IP dos Estados Unidos. Para fazer isso, você deverá baixar algumas extensões (neste caso, para Google Chrome) no seu navegador. Algumas são o Unlimited Free VPN  e ZenMate VPN. Após mudar o IP, é só entrar no site, logar pelo seu Facebook ou e-mail, procurar a categoria em que Amber e Aquaman estão concorrendo, e claro, VOTAR!

OBS1: Também só serão válidos 10 votos por dia num mesmo Facebook ou e-mail através do site.

As votações da Primeira Onda, onde as categorias de Choice Sci-Fi/Fantasy Movie Actress e Choice Sci-Fi/Fantasy Movie concorrem, vão de 19 de Junho até 25 de Junho às 13h (horário de Brasília).

Vamos dar a prancha para a Amber!




ALERTA DE GATILHO: Amber Heard descreve sobre as agressões em detalhes explícitos e aterrorizantes, sendo assim, pode causar desconforto e desencadear fortes emoções. Se você é sensível a este tipo de conteúdo, por favor, não leia.

O site ‘The Post’ teve acesso aos documentos submetidos por Amber Heard ao tribunal em resposta ao processo que seu ex-esposo, Johnny Depp, abriu contra ela. Confira abaixo a tradução:

De ‘violento’, Johnny Depp tornou-se ‘o monstro’ em drogas e bebida, em seguida espancou, estrangulou e atormentou sua então esposa, Amber Heard.
Heard, que passou um ano casada com o ator de ‘Piratas do Caribe’ antes de pedir divórcio em Maio de 2016, afirma em horríveis detalhes como parte do processo judicial em resposta ao processo de difamação de US$ 50 milhões que seu ex-esposo impetrou contra ela, que Depp repetidamente a agrediu, arrancou seus cabelos, sufocou.
O processo de Depp está relacionado a um artigo de 2018 escrito por Heard ao ‘The Washington Post’, onde a atriz descreve ser vítima de abuso doméstico, mas não o menciona no artigo. O processo de Depp alega que ela insinua que ele era o agressor e que as alegações de Heard são uma “fraude”.

Amber Heard, 32, agora respondeu detalhando numerosos incidentes com Johnny Depp,55, em documentos obtidos exclusivamente pelo The Post.
A atriz conta que começou a namorar com Depp em 2012.

“Cerca de um ano após o início do nosso relacionamento, eu comecei a presenciar Johnny usando drogas e álcool… Em algumas ocasiões, Johnny usava simultaneamente tanto os narcóticos ilegais, quanto remédios com prescrição médica, precisei providenciar assistência médica para ele. Sempre que ele estava usando, eu me preocupava com nós dois. Ele se tornava uma pessoa totalmente diferente, muitas vezes delirante e violenta.”, ela escreveu. “Nós chamamos essa versão de Johnny, ‘O Monstro’.”
Johnny, depois de sair de seus estados de embriagados ou medicados, muitas das vezes não se lembrava de sua conduta delirante e violenta.. “Porque eu amava o Johnny, acreditei em suas múltiplas promessas de que ele poderia e iria melhorar. Eu estava errada,” ela acrescentou.
Na manhã que eles embarcaram em um jato particular para voar de Boston para Los Angeles, em Maio de 2014, segundo Heard, Depp parecia já estar bêbado, e estava segurando uma garrafa de Champanhe.
“No vôo, Johnny ordenou às comissárias de bordo que lhe dessem um tanque de oxigênio, e bebeu muito. Membros da equipe de Johnny me disseram que ele estava chateado por eu estar filmando um filme em que fiz uma cena romântica com James Franco no dia anterior. Logo, Johnny começou a atirar objetos em mim. Em vez de reagir ao seu comportamento, simplesmente mudei de lugar. Isso não o impediu. Ele provocativamente empurrou uma cadeira em mim enquanto eu passava, gritou comigo, e me provocou gritando o nome ‘James Franco’.”
“Em determinado momento, eu me levantei e Johnny me chutou nas costas, fazendo-me cair. Ele jogou sua bota em mim enquanto eu estava no chão. Johnny continuou a gritar obscenidades até entrar no banheiro do avião e desmaiar trancado no banheiro pelo resto do vôo.”
Depp alegadamente pediu desculpas em uma mensagem de texto depois, escrevendo: “Mais uma vez, eu me encontro em um lugar de vergonha e arrependimento. Claro, sinto muito. Eu realmente não sei porque ou o que aconteceu. Mas eu nunca farei isso novamente.”

‘Está tudo bem…
Já passou…
Fui longe demais…
Nós/eu tendemos a fazer isso…
Eu sempre me arrependo quando eu vou pra cima de você… Ou pior, quando você vem se defender!!!
Não quero ser condicionado e continuar com esse comportamento… Sendo assim, vou trabalhar pesado nele com o Shrank…
Eu sinto muito por ser menos…
Por sua decepção comigo…
Pelo meu comportamento…
Eu sou uma p*rra de um selvagem…
Tenho que perder isso!
Vou perder isso!
O diabo está por toda parte, certo…??
Eu gostaria de poder trazer apenas um vislumbre de um sorriso para o lindo rosto dos meus sonhos mais lindos e pesadelos mais sombrios…
Eu te amo demais para que eu e você sejamos esses insultos hediondos que nós fizemos/fazemos…
Isso não é algo que eu particularmente me sinto orgulhoso em fazer parte… E, eu me arrependo de ter dado vida a isso.
Porque…
P*ta que p*riu…
Como quando brigamos, garotinha…?????
Como acabamos na beira do precipício…??
E, por que??
Queria tanto saber….
Meu Deus…
E… saiba que VOCÊ ESTÁ CERTA…!!!
Eu estou BEM CIENTE de que eu DEVERIA ter sido maior que o momento… E que isso NUNCA mais vai se repetir em experiências negativas…
Eu posso fazer isso!!!
Que conceito matador para visualizar …
Queria que você estivesse na proximidade desse lunático… Cuidado lá fora …
Eu te adoro!!!”
Sua mensagem ainda continuou “Minha doença de alguma forma subiu e me agarrou … eu devo melhorar. . . Mais uma vez, sinto muito, sinto muito. Eu te amo e me sinto tão mal por te decepcionar. ”

Heard conta que o assistente de Depp, Stephen Deuters, também lhe mandou mensagem falando que Johnny ‘Ficou chocado. Quando eu contei a ele que ele te chutou, Johnny chorou.’ Deuters continua ‘Ele é um garoto perdido. E precisa de toda ajuda que ele puder ter’. ”

O casal casou em Fevereiro de 2015. No entanto, apenas após um mês de casamento, Heard procede alegando que, em Março de 2015, Depp – que deveria estar limpo na época, mas não acreditava que o êxtase quebrou sua sobriedade – teve um episódio de três dias no MDMA./ecstasy na Austrália.
Johnny me disse que eu não o havia proibido explicitamente de consumir ecstasy. A discussão piorou e então Johnny me empurrou, me deu um tapa e me jogou no chão antes de eu correr para um quarto trancado.”
“Na manhã seguinte, desci as escadas e descobri que Johnny ainda estava acordado e que ficara acordado a noite toda, tendo tomado cerca de oito comprimidos de MDMA. Ele também estava bebendo novamente. Entramos em uma briga que Johnny tornou física, e eu me tranquei em um dos quartos. Isso não impediu Johnny de romper a porta do quarto em que eu estava. Ao cair da noite, Johnny havia me agredido várias vezes, me bateu e me empurrou para o chão, me sufocou e cuspiu na minha cara.”
“Então Johnny me entregou uma garrafa de bebida que ele estava bebendo e me perguntou: ‘O que você vai fazer?’ Eu joguei a garrafa no chão. Johnny respondeu começando a jogar latas e garrafas de vidro fechadas para mim. Naquela noite, Johnny me empurrou para uma mesa de pingue-pongue que desmoronou embaixo de mim. Johnny jogou garrafas pelos painéis da janela de uma porta de vidro, quebrando duas vidraças e deixando o vidro por toda parte. Johnny então me agarrou, segurando meu corpo e camisola. Ele rasgou a camisola e, em determinado momento, eu estava nua e descalça, coberta de álcool e vidro. Johnny me agarrou pelo cabelo e me sufocou contra a geladeira da cozinha. Tentei me levantar, mas estava deslizando pelo chão coberto de vidros e na bancada. Johnny me jogou para longe dele e eu tentei fugir enquanto ele continuava jogando objetos e álcool em mim.”

“Em um dos momentos mais horríveis e assustadores dessa provação de três dias, Johnny me agarrou pelo pescoço e pela clavícula e me bateu contra a bancada. Eu me esforcei para me levantar quando ele me estrangulou, mas meus braços e pés continuaram escorregando e deslizando pelo álcool derramado e foram arrastados contra os cacos de vidro quebrados na bancada e no chão, que repetidamente cortou meus pés e braços. Temendo por minha vida, eu disse a Johnny: ‘Você está me machucando e me cortando.’ Johnny me ignorou, continuando a me bater com as costas da mão fechada e batendo um telefone plástico duro contra uma parede com a outra até esmaga-lo em pedacinhos. Enquanto ele estava quebrando o telefone, Johnny feriu gravemente o dedo, cortando a ponta dele… Uma vez que consegui fugir, me tranquei em um quarto no andar de cima.”
“No terceiro dia em que Johnny ficou acordado seguidamente, desci e encontrei inúmeras mensagens que Johnny me escreveu pela casa, nas paredes e nas roupas, escritas em uma combinação de tinta a óleo e sangue do dedo decepado. Johnny também urinou por toda a casa.” Heard diz que o ator finalmente foi hospitalizado, e afirma que ela ficou com ‘um lábio arrebentado, um nariz inchado e cortes em todo o meu corpo… Até hoje, ainda tenho cicatrizes nos braços e nos pés deste incidente’.”

*Mensagem de 17 de Dezembro de 2014, 17h04*
JD: “Slim…
Eu te amo muito…
Eu sinto muito por ter te chateado no grau que o fiz… E não poderia estar mais arrependido por, novamente, arruinar seu dia…
Claro que tomo sua generosidade, sua abnegação, sua afeição e seu doce amor do fundo do meu coração … E, penso eu, tenho sido recíproco…
Agonia não é a resposta para nenhuma equação, e ocasião…
Nem a raiva.
Estamos, acredito, em concerto sobre isso…
Por favor, saiba que minhas desculpas são sinceras e sólidas…
E, por mais estúpido que isso pareça…?? Espero que sua reunião com Clive Barker seja excelente!!!
Eu te amo muito. Pra c*ralho…!!!
Meu tudo….”

*Mensagem de 17 de Dezembro de 2014, 20:08*
AH: “Obrigada por suas palavras… Acabei de sair da Betty Sue. Vou em um restaurante a algumas quadras daqui para um jantar rápido com a Megan. Espero que possamos nos ver quando eu chegar em casa…
Eu não quero essa agonia. Nem posso suportar colocar em você….

*Mensagem de 17 de Dezembro de 2014, 22:06*
AH: ‘A caminho de casa…’

Heard descreve que em março de 2015 ela deu um soco em um Depp raivoso, temendo que ele empurrasse sua irmã mais nova, Whitney Heard, escadas abaixo em sua casa em Los Angeles. Ela conta:
“Ele começou a destruir bens pessoais dentro de casa, inclusive meus pertences no meu closet. Johnny se lançou pra me bater, Whitney se colocou no meio de nós dois. Johnny então focou sua atenção nela [Whitney], que estava de pé no topo de um lance de escadas, e seguiu em frente. Agindo em defesa de minha irmã, como eu estava com medo por sua segurança, dei um soco no rosto de Johnny para desviar a atenção dele de Whitney para mim. Essa foi a única vez que eu bati em Johnny.”
Ela também inclui uma transcrição de seu depoimento de divórcio: “Ele estava prestes a empurrar minha irmã escada abaixo. . . Eu agi defensivamente por sua vida.”

‘O Monstro’ retornou em seguida, durante uma viagem em Agosto de 2015 para a Tailândia e Malásia. “Enquanto estávamos no trem, Johnny brigou comigo, e começou a me bater e empurrar contra uma parede segurando minha garganta e me mantendo lá. Lembro-me de ter medo de que Johnny não soubesse quando parar e que ele pudesse me matar.”
Depp claramente saiu mais ainda de controle em Dezembro de 2015, no seu apartamento em Los Angeles. “Johnny começou outra briga comigo. Ele jogou outro decantador para mim, derrubou objetos ao redor da sala e deu um soco na parede. Ele me deu um tapa forte, me agarrou pelos cabelos e me arrastou de uma escada para o escritório, para a sala de estar, para a cozinha, para o quarto e depois para o quarto de hóspedes. No processo, ele puxou grandes pedaços de cabelo e couro cabeludo da minha cabeça. Na esperança de evitar a violência, tentei acalmar Johnny e depois subi para tentar me afastar da situação. Johnny me seguiu, me acertou na parte de trás da minha cabeça, me agarrou pelo meu cabelo novamente, ficou na minha frente nos degraus, e então me arrastou pelo meu cabelo até os últimos degraus. No topo da escada, Johnny me empurrou duas vezes, o que me fez temer que eu caísse. Eu disse a Johnny que ele quebrou meu pulso na tentativa de fazê-lo parar. Johnny continuou batendo em mim e, cada vez que ele me derrubava, eu decidia reagir simplesmente levantando e olhando nos olhos dele. Johnny respondeu gritando ‘Ah, você acha que é um cara durão?’
Ele cambaleou para trás e me deu uma cabeçada no meu rosto, batendo no meu nariz, que imediatamente começou a sangrar, causando uma dor lacerante no meu rosto. Eu imediatamente comecei a chorar e pensei que teria que ir ao hospital. Eu disse a Johnny que queria deixá-lo, e que ligaria para a polícia se ele me tocasse novamente. Quando comecei a me afastar em direção ao apartamento de hóspedes, ele respondeu, empurrando-me, em seguida, me agarrou e me puxou de um quarto para o outro, agarrando-me pelo meu cabelo.
Quando Johnny me arrastou para o outro cômodo no andar de cima, eu disse a Johnny que o deixaria, já que não suportava mais o comportamento dele. Johnny reagiu agarrando-me pela minha garganta, empurrando-me para o chão e socando-me na parte de trás da minha cabeça. Ele me agarrou pelo meu cabelo, me deu um tapa na cara e gritou para mim algo como: ‘Eu vou te matar – eu vou te matar p*rra – eu vou te matar p*rra, você me ouve?’ cabelos em todos os lugares e marcas no tapete onde fui arrastada.
A briga continuou em uma cama. Johnny ficou em cima de mim com o joelho nas minhas costas e o outro pé na cama, enquanto repetidamente me socava na minha cabeça, e ele gritava – tão alto quanto eu já o ouvi gritar – ‘EU VOU MATAR VOCÊ’, repetidamente. A cama se estilhaçou sob o peso da pressão de sua bota. Johnny me bateu com os punhos fechados, e lembro de não conseguir me ouvir gritando porque ele empurrou meu rosto no colchão. Eu gritei o mais alto que pude, esperando que Johnny percebesse que ele estava me machucando severamente.
Por um tempo, não consegui gritar nem respirar. Eu me preocupava que Johnny estivesse em um estado obscuro e inconsciente do dano que estava causando, e que ele pudesse realmente me matar.”
“Vidros quebrados e pedaços de cabelo estavam espalhados pelo andar de baixo da cobertura. Johnny também escrevera uma mensagem na bancada da nossa cozinha, em dourado, que dizia: “Por que ser uma fraude? Tudo é uma m*rda.”

Heard resolveu deixar Depp de vez e entrou com um pedido de ordem de restrição contra o ator depois que ele a atacou novamente, em Maio de 2016. Depp pegou seu telefone, “ele parecia com um arremessador de beisebol e jogou o telefone no meu rosto, tão forte quanto ele podia. Eu gritei: ‘Você bateu no meu rosto’ e comecei a chorar. Johnny agarrou meu cabelo e começou a bater, me sacudir e me puxar pela sala enquanto eu continuava a gritar.” Heard afirma que seu vizinho ouviu seus gritos, entrou em seu apartamento, se jogou entre eles e implorou a Depp para parar, que estava gritando para Heard: ‘Amber, levanta agora p*rra’.”

Heard afirma, “Johnny quebrou vários objetos ao redor da casa com uma garrafa de vinho quando ele saiu. Johnny esmagou mais itens no corredor, derramou vinho por toda parte e chutou um buraco em uma porta. Ele, então, supostamente pediu para ser deixado em outro apartamento onde os pertences de Heard foram mantidos. “Johnny destruiu tudo o que podia e expulsou [a maquiadora] Liz Marz da cobertura carregando uma garrafa de vinho.”

Heard acrescenta que, depois de denunciar o abuso de Depp e após o divórcio em Janeiro de 2017, algumas pessoas alegaram que ela falsificou seus ferimentos. “Muitas pessoas me chamavam de mentirosa (sem nunca ouvir meu lado da história). Fui excluída da campanha de uma marca de moda global. Eu perdi o papel em um filme no qual eu já hava sido escalada. Pessoas com quem nunca encontrei ou falei me ameaçaram com violência. Eu recebi tantas ameaças de morte que tive que mudar meu número de telefone semanalmente.”
“Pessoas me acusaram inúmeras vezes de ter abusado de Johnny. Isso simplesmente não é verdade. Eu nunca ataquei Johnny a não ser que fosse por legítima defesa, ou na vez em que defendi minha irmã. Eu nunca abusei de ninguém fisicamente. Eu sei o que isso causa as pessoas. Em vez disso, tentei promover o bem no mundo e defender o fim da violência doméstica. Procurei usar minha persona pública para falar sobre uma questão que era extremamente significativa para mim e milhões de outras mulheres e homens todos os anos. Eu falei sobre a violência em público, mas sempre evitei referenciar especificamente Johnny, ou recontar sua violência contra mim, não apenas porque eu queria superar essa fase da minha vida, mas também porque eu estava limitada pelos termos de um estrito acordo de confidencialidade que Johnny havia insistido como parte de nosso acordo de divórcio.”

O advogado de Heard, Eric M. George, não pôde ser contactado imediatamente para comentar, mas disse anteriormente em um comunicado sobre o processo de difamação de Depp, “Esta ação frívola é apenas o mais recente dos esforços de Johnny Depp para silenciar Amber Heard. Ela não será silenciada. As ações do Sr. Depp provam que ele é incapaz de aceitar a verdade de seu comportamento abusivo em curso. Mas, embora ele pareça obcecado em conseguir a autodestruição, nós prevaleceremos em derrotar esse processo infundado e acabar com o contínuo assédio que minha cliente sofre com o Sr. Depp e sua equipe jurídica.”

Matéria original: Page Six
Tradução e adaptação: Equipe Amber Heard Brasil.




“Eu luto para salvar o mundo”

Ela rapidamente se livrou do rótulo “ex de Johnny Depp”. Nos cinemas, ela é uma super-heroína igual à sua contraparte masculina. E em sua vida, ela é uma ativista que defende contra a violência sexual. Ela está pronta para quebrar muitos tabus.

“ É cansativo ser uma super-heroína. É uma experiência surreal, com todos esses efeitos especiais ”. A voz de Amber Heard é calma e calorosa. Adicione o cabelo de boneca feito no Texas (onde o ditado “Quanto maior o cabelo, mais perto de Deus” vem), os concursos de beleza aos 17 anos quando ela acabava de chegar em Los Angeles e sua mente vai direto para certos clichês : boneca, símbolo sexual. Isso é exatamente o que esta senhorita de 32 anos não é. Ou pelo menos, isso não é tudo.

Por um instante, você pensaria que Aquaman certamente não ajuda, a adaptação cinematográfica da história em quadrinhos da DC dirigida pelo mestre de terror James Wan (nos cinemas em 1º de janeiro). Um filme em que ambos os protagonistas são abençoados com uma herança genética extraordinária: Amber – espremida em um traje verde de látex – interpreta Mera, uma rainha guerreira do mundo submerso de Atlantis; seu parceiro Jason Momoa – o havaiano de olhos exóticos e bonitão – interpreta o híbrido humano-atlante Arthur Curry / Aquaman.

Um casal que já vimos em Liga da Justiça – apesar de Heard ter sido muito breve – dirigido por Zack Snyder em 2017. E como ela explicaria que esses dois personagens ainda não se apaixonaram? Amber Heard ri, mas ela espera essa pergunta. “Isso teria sido uma fórmula clássica, é um conto moderno. Há um elemento de atração entre eles, mas o que os leva a se unirem é outra coisa: eles têm uma missão a cumprir. O aspecto romântico disso tudo vem depois ”.

Outro detalhe que marca um ponto de virada? Para a atriz, este é o primeiro filme importante após o fim de seu casamento (3 anos de relacionamento e 15 meses de casamento) com Johnny Depp em 2016, entre as alegações de violência doméstica e ‘disse ele,’ em meios de comunicação . O final é bem conhecido: ele paga US $ 7 milhões, ela doa tudo para a União das Liberdades Civis Americanas (ACLU), em defesa dos direitos humanos, e para o Hospital Infantil de Los Angeles. “Mas eu tenho apoiado a ACLU desde que eu tinha 16 anos”, ela esclarece rapidamente. É verdade, mas a partir daquele momento a encantadora e beijadora “esposa de” tornou-se uma ativista pura e plena. “Nunca vi ninguém tão apaixonado quanto ela”, comentou Amanda Nguyen, nomeada no Prêmio Nobel da Paz de 2019 e fundadora da ‘Rise’, uma associação (da qual Amber faz parte) responsável pela Lei dos Direitos dos Sobreviventes de Assédio Sexual que já foi aprovada pelo Congresso dos EUA em 2016 e pretende ser reconhecida mundialmente.

É através da lente pessoal de Amber que precisamos olhar para Mera. Uma grande mudança de seus papéis insanamente sexy no passado (a adolescente em All The Boys Love Mandy Lane (Tudo Por Ela), seu primeiro papel principal – nunca lançado na Itália -, a espiã em 3 Days To Kill (3 Dias Para Matar), a repórter em The River Why), mas de acordo Heard, isso também é graças a uma nova visão sobre a relação entre homens e mulheres. “Como eu descreveria o relacionamento de Mera e Arthur? Eles são iguais. Ela vem de baixo do mar, ela pode controlar a água, mas ela é basicamente uma alienígena na terra. Para ele é o oposto. Ambos têm suas próprias identidades e compartilham parte da responsabilidade em sua aventura ”.

IDIT: Uma dinâmica bastante avançada para uma história em quadrinhos escrita em 1941.

AH: Isso é verdade. Dois anos atrás, antes de aceitar este papel para a Liga da Justiça , li algumas questões. A maneira como Mera faz sua primeira aparição me impressionou muito. Primeiro de tudo, ela é quem ajuda Arthur a salvar uma cidade de uma inundação. Em um ponto, um dos cidadãos pergunta: ‘Quem é ela? Aquawoman? E ela diz mais ou menos: ‘Ei, espere um minuto. Eu tenho meu próprio nome ‘. Esse foi o momento em que pensei: “Eu gosto dela, esse é o meu tipo de mulher”.

IDIT: Finalmente, certo?

AH: Finalmente, claro. Eu gosto de personagens femininas fortes e independentes que vivem sua própria vida e não estão lá para apoiar o homem. É uma pena que neste negócio, mas não só neste, sempre tenha havido uma falta de papéis como estes. Você não sabe quanto tempo eu sofri por causa disso, mas era apenas uma questão de tempo. As coisas estão mudando e estou muito feliz com isso.

IDIT: Você só aceita projetos desafiadores em sua carreira?

AH: Sim, é uma responsabilidade que sinto profundamente enraizada em mim. A sorte que tenho com este trabalho é que me oferece uma plataforma importante, mas o meu dever é dar algo de volta. Falando sobre justiça, certificando-se de que meus papéis tenham um impacto … é o mínimo que posso fazer.

IDIT: É este o motivo que a levou a tornar público o seu relacionamento anterior com a fotógrafa Tasya Van Ree?

AH: Claro. Foi uma época em que meus colegas estavam reivindicando sua privacidade e ser bissexual era considerado um tabu. Mas ficar quieto sobre algo significa admitir que está errado. Eu sabia que não era assim, então eu falei sobre mim para descrever a realidade de verdade e oferecer aos jovens alguém para olhar, porque minha geração cresceu sem um ponto de referência. Talvez graças a mim alguém se sentisse menos inadequado.

IDIT: Hollywood é menos liberal do que parece?

AH: É uma indústria cheia de pessoas glamourosas e ideais nobres, mas todos eles agem em oposição ao que pregam. Eles só perseguem o que o público gosta e eles acabam sendo repetitivos e contando as mesmas histórias mais uma vez. Eu não estou interessado nesta abordagem. Precisamos alcançar pessoas diferentes, nos forçar além, não sendo estáticos.

IDIT: Antes de ingressar na Rise, você foi uma grande apoiadora do movimento #MeToo . Você está feliz com o que foi alcançado?

AH: Estou feliz que a conversa mudou drasticamente, há muito mais consciência hoje. No entanto, nós, como mulheres, estamos numa encruzilhada: somos galvanizados porque finalmente sabemos o que merecemos e onde nós pertencemos, mas ao mesmo tempo estamos fartos das atitudes que até agora nos restringiram, nos diminuíram e reduziram-nos para objetos. A indústria do entretenimento ainda tem muito a fazer para recuperar o atraso: precisamos de mais mulheres por trás das câmeras e salários iguais para todos. Não é justo que as atrizes recebam menos quando somos muitas vezes as que passam mais tempo no set apenas para maquiagem e cabelos.

IDIT: É verdade que você gosta de livros antigos?

AH: Sim, eu coleciono eles. Eu gosto de ter objetos que eu possa manter em minhas mãos, que me lembrem dos lugares onde estive ou que simplesmente falam de mim. Eu os carrego comigo especialmente quando viajo, eles me ajudam a me sentir em casa.

IDIT: Para você, seu lar também é Austin, Texas.

AH: Sim, um lugar onde o horizonte é infinito. Esse céu é o que mais sinto falta. Quando criança, passei a maior parte do meu tempo ao ar livre com meu pai, que era uma espécie de caubói. Costumávamos ir caçar e pescar juntos. Aos 12 anos de idade eu não consegui montar em um cavalo fugitivo. Quando eu vi um pouco de grama eu pulei, mas então o olhar do meu pai me convenceu a montar no cavalo novamente. Naquela época, aprendi que a única coisa pior de ser desavisada é a decisão de parar de correr.

IDIT: Como a separação do seu marido influenciou sua decisão de ajudar as mulheres?

AH: Na minha vida, foram sempre os momentos mais difíceis e as dificuldades que definiram quem sou e me tornaram mais forte. Você aprende com suas batalhas e tribulações, e não com os momentos felizes.

IDIT: Para quem sofreu violência, o que você diz?

AH: Mantenha a cabeça erguida e caminhe com orgulho. Mas no final, essa é uma sugestão que eu daria para qualquer um.

Versão em Inglês: Amber Heard Itália.
Tradução e adaptação – Equipe Amber Heard Brasil.




Em novo artigo para o The Washington Post, divulgando ontem, 18, Amber Heard fala sobre abuso sexual, violência doméstica, política e sobreviventes LGBT. Confira o artigo traduzido a seguir.

Amber Heard é uma atriz e embaixadora dos direitos femininos na American Civil Liberties Union (União Americana das Liberdades Civis).

Eu fui exposta ao abuso em uma idade muito jovem. Eu sabia de certas coisas desde o começo, sem precisar ser contada. Eu sabia que os homens têm o poder — fisicamente, socialmente e financeiramente — e que muitas instituições apoiam esse arranjo. Eu sabia disso muito antes de ter as palavras para articulá-lo, e aposto que você aprendeu muito jovem também.

Como muitas mulheres, eu havia sido assediada e abusada sexualmente quando estava na idade da faculdade. Mas eu fiquei quieta — não esperava que as reclamações fossem feitas com justiça. E eu não me vi como uma vítima.

Então, há dois anos, eu me tornei uma figura pública representando o abuso/violência doméstica, e senti toda a força da ira de nossa cultura por mulheres que se manifestam.

Amigos e conselheiros me disseram que eu nunca mais trabalharia como atriz — que eu estaria em uma lista negra. Um filme que eu estava participand e reescalaram alguém para o meu papel. Eu tinha acabado de fazer uma campanha de dois anos como o rosto de uma marca de moda global, e a empresa me deixou. Perguntas sobre se eu seria capaz de manter meu papel de Mera nos filmes “Liga da Justiça” e “Aquaman” começaram a surgir.

Eu tive a rara vantagem de enxergar em um ponto de vista real, como as instituições protegem os homens acusados de abuso.
Imagine um homem poderoso como um navio. Como o titanic. Esse navio é uma grande empresa. Quando bate em um iceberg, há muita gente a bordo desesperada para remendar buracos – não porque acreditem ou se importem com o navio, mas porque seus próprios destinos dependem do empreendimento.

Nos últimos anos, o movimento #MeToo nos ensinou como esse poder funciona, não apenas em Hollywood, mas em todos os tipos de instituições – locais de trabalho, lugares sagrados (igrejas) ou simplesmente em comunidades particulares. Em todas as esferas da vida, as mulheres estão confrontando esses homens que são impulsionados pelo poder social, econômico e cultural. E essas instituições estão começando a mudar.

Estamos em um momento político transformador. O presidente de nosso país foi acusado de má conduta sexual, incluindo agressão e assédio, por mais de meia dúzia de mulheres.
A indignação com suas declarações e comportamento energizou uma oposição liderada por mulheres. #MeToo iniciou uma conversa sobre o quão profundamente a violência sexual afeta as mulheres em todas as áreas de nossas vidas. E no mês passado, mais mulheres foram eleitas para o Congresso do que nunca em nossa história, com um mandato para levar as questões das mulheres a sério. A fúria das mulheres e a determinação para acabar com a violência sexual estão se transformando em uma força política.

Temos uma abertura agora para reforçar e criar instituições de proteção às mulheres. Para começar, o Congresso pode reautorizar e fortalecer a Lei da Violência contra as Mulheres. Primeiramente aprovada em 1994, essa lei é uma das leis mais eficazes promulgadas para combater a violência doméstica e o assédio sexual. Cria sistemas de apoio para pessoas que denunciam abuso e fornece financiamento para centros de crise de estupro, programas de assistência legal e outros serviços críticos. Melhora as respostas da lei e proíbe a discriminação contra sobreviventes LGBTQ. O financiamento para o ato expirou em setembro e só foi temporariamente prorrogado.
Devemos continuar a combater a agressão e assédio sexual nos ambientes universitários, insistindo simultaneamente em processos justos para julgar as queixas. No mês passado, a secretária de Educação Betsy DeVos propôs mudanças nas regras do Título IX que regem o tratamento de assédio sexual e agressão nas escolas. Enquanto algumas mudanças tornariam o processo para lidar com reclamações mais justo, outras enfraqueceriam as proteções para sobreviventes de agressões e abusos sexuais. Por exemplo, as novas regras exigiriam que as escolas investigassem apenas as queixas mais extremas, e somente quando elas fossem feitas a funcionários designados. As mulheres nos campus já têm dificuldade em falar sobre violência sexual – por que permitiríamos que as instituições reduzissem os apoios?

Eu escrevo isso como uma mulher que teve que trocar de número de telefone semanalmente pois estava recebendo ameaças de morte. Durante meses, eu raramente saí do meu apartamento, e quando o fiz, fui perseguido por drones, câmeras e fotógrafos a pé, em motocicletas e em carros. Revistas e sites de fofocas postaram fotos de mim e as transformaram em uma luz negativa. Sentia-me como se estivesse em julgamento no tribunal da opinião pública – e minha vida e sustento dependiam de uma miríade de julgamentos muito além do meu controle.

Eu quero garantir que as mulheres que se apresentam para falar sobre violência recebam mais apoio. Estamos elegendo representantes que sabem o quão profundamente nos preocupamos com essas questões. Podemos trabalhar juntos para exigir mudanças nas leis, regras e normas sociais – e corrigir os desequilíbrios que moldaram nossas vidas.

Tradução e adaptação – Equipe Amber Heard Brasil.
Artigo Original: The Washington Post







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